quarta-feira, 30 de abril de 2025

Meu sorriso tem segredos que tua boca ainda não descobriu.

Ele adorava o sorriso dela. Achava encantador, inocente… até começar a perceber as curvas escondidas nas entrelinhas.

Era um sorriso que dizia mais do que palavras. Um convite silencioso, uma promessa velada.

— Por que esse sorriso agora? — ele arriscou.

Ela mordeu o lábio devagar, deixando o mistério falar por si.

— Meu sorriso tem segredos que tua boca ainda não descobriu.

E naquele instante, ele soube: havia muito mais para explorar. E ela estava ali, provocando com gestos, sorrisos e silêncios... esperando ser decifrada com a ponta dos lábios.

terça-feira, 29 de abril de 2025

Nem tudo que provoco é sem querer.


Ela tinha um jeito leve de existir, como quem apenas passa… mas deixa rastro. A postura era de quem não precisa fazer esforço, mas a verdade? Sabia exatamente o que fazia.

Mexeu no cabelo devagar, cruzou as pernas como quem não nota, mordeu os lábios como quem pensa… mas era tudo código.

— Nem tudo que provoco é sem querer — confessou, com aquele olhar que puxa pra perto.

Porque provocar era uma arte. E ela era artista do detalhe.

Quem entendesse o recado, podia se aproximar. Mas tinha que merecer.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Se decifra meus silêncios, imagina meus sussurros.

Tinha algo no jeito como ele a olhava, como se entendesse cada entrelinha, cada pausa disfarçada de distração. Como se soubesse que, mesmo em silêncio, ela dizia tudo.

— Você não fala tudo… mas eu entendo — ele disse, com aquela certeza morna que arrepia.

Ela sorriu, sem pressa.

— Se decifra meus silêncios, imagina meus sussurros.

Porque ela sabia que o prazer também mora no mistério. No que é dito com os olhos, no que vibra no tom da respiração, no quase-toque.

E quando o desejo é inteligente, os sussurros não são sons. São promessas.

domingo, 27 de abril de 2025

Quero ver se tua coragem acompanha teu olhar.


Era engraçado como ele falava pouco, mas dizia tudo com os olhos. Ela já tinha notado: havia desejo naquele silêncio, havia curiosidade, havia intenção.

Mas ela não era do tipo que esperava eternamente pela iniciativa alheia.

— Vai continuar só me olhando ou vai fazer alguma coisa a respeito?

A provocação foi leve, quase brincadeira. Mas no fundo, ela queria a verdade: até onde ele iria?

— Quero ver se tua coragem acompanha teu olhar — disse, com a voz baixa, firme e carregada de desafio.

Porque ela já tinha lido nos olhos dele o que os lábios ainda não ousavam dizer.

E quem olha assim… precisa saber jogar.



sábado, 26 de abril de 2025

Gosto de quem lê minhas intenções sem eu precisar soletrar.


Tem gente que precisa de tudo explicado. Vírgula por vírgula. Sinal por sinal. Mas ela não.

Ela escrevia com cheiro, deixava desejo nas pausas e provocava nos silêncios. E ele lia.

— Você sempre deixa tudo tão no ar… — ele disse, tentando decifrá-la.

Ela apenas sorriu, como quem sabe que as melhores respostas não vêm prontas.

— E você sempre entende mesmo assim.

Ela não queria quem pedisse legenda. Queria quem interpretasse os olhares, os gestos, os parênteses da alma. Quem sentisse sem precisar ouvir. Quem tocasse com a mente antes mesmo de chegar perto com as mãos.

Porque há um prazer secreto em ser compreendida no que se esconde.

E ele… ele lia como poucos.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Algumas provocações começam no texto e terminam na pele.


Ela não precisava de muito. Bastava uma frase solta, uma vírgula bem colocada, uma metáfora que insinuasse mais do que dissesse. Ele lia e sentia. Sentia como se cada palavra tivesse sido escrita direto na sua pele.

— Você tá me provocando de propósito ou é natural mesmo?

Ela sorriu daquele jeito que não deixa espaço pra certezas, só pra vontades. Porque sabia — cada linha que escrevia era como um toque leve, um arrepio sussurrado, uma promessa não dita.

— Algumas provocações começam no texto… e terminam na pele — disse ela, sem pressa, com a voz baixa e carregada de intenção.

E ele entendeu: com ela, o perigo estava em cada entrelinha. Mas ele já tinha se rendido.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Se arrepia só de ler, imagina sentir.


Algumas palavras têm cheiro. Outras, gosto. As dela? Têm toque.

Ele lia devagar, tentando não se deixar levar. Mas era impossível. Cada frase parecia ter sido escrita direto na pele. As entrelinhas queimavam, os pontos finais tremiam.

— Você sempre escreve assim? — ele perguntou, com a voz embargada de desejo e surpresa.

Ela inclinou a cabeça, aquele sorriso de quem sabe exatamente o que está fazendo.

— Se arrepia só de ler… imagina sentir.

E naquele momento, ele entendeu: certas histórias não são feitas só pra serem lidas. São feitas pra serem vividas. E ela, definitivamente, era um capítulo que ele não teria coragem de pular.

Minha resposta favorita? Aquele olhar que dispensa palavras.


Tem silêncios que gritam. Olhares que tocam mais fundo do que qualquer carícia ousaria. Ela sabia usar os olhos como se fossem mãos — firmes, sensíveis, íntimos.

Ele falava demais, talvez por medo de sentir. Mas bastava aquele olhar dela, demorado, cheio de intenções não ditas, pra desarmar qualquer argumento.

— Vai ficar me olhando assim por quê? — ele perguntou, tentando controlar o arrepio que veio sem convite.

Ela sorriu devagar, sem pressa de responder. Porque não precisava.

Entre eles, o que mais dizia… era o que não era dito.

E naquele instante, ele entendeu: algumas respostas não são feitas pra serem ouvidas. São pra ser sentidas na pele, na alma, no desejo que pulsa silencioso entre um olhar e outro.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Entre uma linha e outra, um arrepio.


Ele lia cada palavra como quem decifrava um segredo antigo. Havia algo na escrita dela que ia além da técnica. Era cheiro, calor, presença.

Ela escrevia com o corpo. Com a memória do toque, com a tensão do não dito. Não era sobre rima. Era sobre ritmo. E entre uma linha e outra, deixava escorrer um arrepio que não se explicava — se sentia.

— Você escreve pensando em mim? — ele perguntou, já sabendo a resposta.

Ela não respondeu. Apenas sorriu.

Porque alguns desejos não cabem na fala. São feitos pra vibrar por entre letras, invadir pensamentos, tocar onde os dedos não alcançam.

E ele leu. Leu até o fim. E mesmo depois, ainda tremia.

domingo, 20 de abril de 2025

Te desafio a me decifrar sem usar as mãos.


Ele achava que a entendia. A forma como ela olhava, os gestos sutis, o jeito de morder os lábios quando queria provocar — tudo parecia um livro aberto. Mas ela não era simples. E muito menos previsível.

— O que você quer de mim? — ele perguntou, meio brincando, meio rendido.

Ela sorriu com aquele ar de enigma que atiçava mais que qualquer resposta direta.

— Te desafio a me decifrar… sem usar as mãos.

Porque ela queria ser sentida nos detalhes, no tom da voz, na cadência do olhar. Queria ser lida como se lê um poema intenso: devagar, com atenção, e uma pitada de desejo.

Ele engoliu seco. Sabia que, a partir dali, o toque seria o último recurso. O primeiro passo era entender o que cada silêncio dela gritava.

E isso, ele descobriu, era o tipo de desafio que vicia.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

O problema de provocar é ter que aguentar depois.


Provocar é uma arte. Um jogo de intenção, de ritmo, de timing. Ela sabia disso. Sabia tão bem que jogava com maestria — e nunca à toa.

Ele adorava a forma como ela lançava frases cortantes e olhares suaves, como quem prepara o terreno antes da tempestade. Mas naquele dia, percebeu algo diferente: ela não só provocava… ela queria ver até onde ele iria com aquilo.

— Você vive me provocando… — ele disse, tentando manter a compostura.

Ela sorriu, aquela curva de lábios que dizia mais do que qualquer resposta.

— E você vive caindo.

Ele chegou mais perto. O ar ficou denso, carregado de silêncio e expectativa.

— Cuidado…

Ela o encarou, sem recuar um centímetro.

— O problema de provocar é ter que aguentar depois.

E o corpo dela dizia que estava mais do que pronta.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Tem desejo que não se escreve, se sente.

Ela sempre teve paixão por palavras. Escrevia para entender o que sentia, para provocar, para seduzir à distância. Mas havia momentos — e havia pessoas — que iam além da linguagem.

Com ele, era assim.

Ele a provocava com frases entrecortadas, pontuações mal intencionadas, emojis com segundas intenções. Sabia brincar com o texto. Mas ela sabia ir além.

— Vai me escrever hoje? — ele perguntou, já esperando um parágrafo cheio de malícia.

Mas ela sorriu diferente, quase silenciosa.

— Tem desejo que não se escreve… se sente — respondeu.

Porque havia toques que nenhuma letra conseguia traduzir. Arrepios que não cabiam em versos. Olhares que diziam mais que páginas inteiras.

Com ele, ela queria menos palavras e mais pele.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Não sou boa com indiretas… prefiro sussurrar bem pertinho.


Ela nunca foi do tipo que rodeia o que sente. Se gostava, deixava transparecer no olhar, no jeito de mexer o cabelo, no silêncio que provocava mais que qualquer palavra.

Ele tentou brincar, jogando uma frase ambígua, dessas que deixam margem pra mil interpretações.

— Gosta de indiretas? — perguntou, com um sorriso quase inocente.

Ela sorriu de volta, mas o olhar entregava tudo.

— Não sou boa com indiretas… — respondeu, encurtando a distância entre os dois — prefiro sussurrar bem pertinho.

E naquele instante, o mundo se resumiu a isso: a proximidade, o calor da respiração, a tensão no ar. Porque quando o desejo é claro, ele não se esconde em metáforas. Ele chega perto. Bem perto.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Tem gente que chega perto e a pele já entende o recado.


Nem todo arrepio vem do toque. Às vezes, ele nasce da presença. Do jeito que alguém invade o espaço com silêncio e intenção.

Era assim com ele. Bastava chegar. Não precisava dizer nada, nem encostar. A pele dela sabia antes de tudo. Sentia o aviso no ar, no calor que se aproximava devagar, como quem conhece os caminhos do desejo sem precisar de mapa.

Ele se aproximava e o corpo dela reagia como se reconhecesse algo antigo, familiar… e perigosamente tentador.

— Não falei nada — ele disse, achando que o silêncio era recuo.

— E nem precisava — ela respondeu, com um sorriso que falava por inteiro. — A pele entende o recado antes da palavra.

Porque o corpo tem memória, tem instinto. E o desejo, quando é verdadeiro, não pede licença — só chega.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Te encontro no meio das entrelinhas e dos desejos não ditos.

Nem tudo precisa ser falado em voz alta. Há palavras que se dizem com o olhar, com a respiração, com o tempo que uma mensagem demora pra ser enviada.

Com eles era assim. As conversas pareciam simples, mas carregavam um subtexto pulsante. Um convite oculto em cada vírgula. Um desejo escondido entre uma piada e um silêncio que dizia mais do que mil palavras.

— A gente nem precisa dizer tudo, né? — ele arriscou.

Ela sorriu ao ler. Porque era ali que ela morava: no não dito. No espaço entre uma frase e outra. No quase.

— Te encontro no meio das entrelinhas — respondeu. — E dos desejos não ditos.

Ele releu, tentando não se perder no que ela não estava dizendo. Mas era tarde.

Porque o desejo dela tinha mais efeito quando sussurrado com elegância, quando se escondia só o suficiente pra instigar. E ele se deu conta de que já estava lá, exatamente onde ela o queria: no espaço entre o dito e o sentido.

domingo, 13 de abril de 2025

Encosta teu suspiro no meu e deixa o resto acontecer.

 Há uma intimidade silenciosa no ato de suspirar junto. Uma entrega sem palavras, onde os corpos ainda não se tocam, mas as vontades já se reconhecem.

Ele hesitou, não por falta de desejo, mas porque não sabia se ela sentia o mesmo.

— Você sente isso também? — perguntou, numa tentativa de transformar incerteza em coragem.

Ela fechou os olhos, como se a resposta estivesse escrita na própria respiração.

— Encosta teu suspiro no meu — disse, com aquela voz que parecia envolver. — E deixa o resto acontecer.

E naquele instante, não foi preciso mais nada. Nem planos, nem promessas.

Porque entre suspiros, o corpo entende o que a boca não ousa dizer. E o resto... ah, o resto acontece exatamente como deve ser: com vontade, com pele, com intenção.

sábado, 12 de abril de 2025

Se soubesse o efeito que tem em mim, me provocaria mais ou menos?

 

Tem gente que provoca sem saber. Tem gente que sabe — e faz de propósito.

Ele era do tipo que brincava com as palavras, que encostava no limite do que se pode dizer sem parecer direto demais. Mas ela percebia. Cada vírgula carregava tensão, cada emoji escondia uma promessa sutil.

— Você tem ideia do que causa em mim? — ela soltou, sem dar tempo de fuga.

Ele hesitou. Um sorriso surgindo devagar.

— Talvez… por quê?

Ela se aproximou como quem não pede permissão, só vai.

— Se soubesse o efeito que tem em mim, me provocaria mais ou menos?

Não era uma pergunta qualquer. Era um desafio, um convite e uma confissão disfarçada em uma só frase.

E ali, entre a dúvida e o arrepio, ele entendeu que a intensidade dela vinha justamente disso: de dizer pouco… mas provocar demais.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Entre o carinho e o desejo, eu prefiro os dois.

Ela nunca acreditou que o amor precisasse ser dividido entre ternura e intensidade. Sempre achou que os dois podiam andar de mãos dadas — uma mão que afaga e outra que aperta com intenção.

Ele chegou devagar. Como quem pede licença sem dizer nada.

— Você quer carinho ou algo mais intenso? — arriscou, achando que a escolha era necessária.

Ela sorriu, daquele jeito que bagunça qualquer certeza.

— Entre o carinho e o desejo, eu prefiro os dois.

Porque ela queria os dedos que fazem cafuné… mas também sabiam apertar a cintura no momento certo. Queria o beijo leve na testa e o roçar de lábios no pescoço. O afeto no olhar e a malícia no toque.

Ela sabia — e fazia questão de mostrar — que o prazer não morava só no fogo, mas também na calma que vem depois.

E ele entendeu: quando ela escolhe, não escolhe metades. Escolhe tudo. E faz valer.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Fala baixo... ou chega mais perto pra me dizer.

Algumas palavras não precisam de volume. Só de intenção.

Era um daqueles momentos em que tudo ao redor parecia em suspenso — como se o mundo estivesse esperando a próxima frase, o próximo passo. Ele fez um comentário qualquer, desses que ela adorava provocar.

— Fala mais baixo… — ele pediu, tentando parecer brincalhão, mas o olhar já dizia outra coisa.

Ela se aproximou com aquele jeito que não pede licença, só vai.

— Ou eu posso chegar mais perto… e sussurrar onde só você escuta — respondeu, com a voz quase sumindo no ar.

Ele sentiu o arrepio antes mesmo de ouvir o que ela diria em seguida. Porque o desejo tem som, sim. Mas é um som que vive no limiar — entre o silêncio e o toque, entre o que se ouve e o que se sente.

Algumas coisas, ela sabia, não foram feitas pra serem ditas em voz alta.

Foram feitas pra serem sussurradas. Bem de perto.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

O meu toque favorito é aquele que começa no olhar.

Não era sobre pele. Nunca foi só isso. Era sobre aquela faísca que acende antes mesmo do toque, quando os olhos se encontram e o mundo parece fazer silêncio só pra observar o que vai acontecer a seguir.

Ele a olhou por alguns segundos a mais do que o socialmente aceitável. Ela percebeu.

— Posso te tocar com os olhos? — ele arriscou, entre a ousadia e o desejo real de tocá-la de verdade.

Ela sorriu, como quem já estava tocando também.

— O meu toque favorito é aquele que começa no olhar — disse com suavidade, mas firmeza.

E ele entendeu.

Era nos olhos que ela dizia o que a boca escondia. Era com o olhar que ela despia, convidava, acariciava. Sem pressa, sem pressões. Só com intensidade.

Naquele instante, sem mãos, sem proximidade, ele sentiu. Sentiu como se ela já tivesse atravessado a pele, só com a força do olhar.

E aquilo, ele nunca mais esqueceu.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Gosto de conversas que começam inocentes e terminam com arrepios.

Tudo começou com um “Oi” despretensioso. Daqueles que a gente solta no fim do dia, sem esperar muito.

Mas ela nunca foi só mais uma conversa.

Cada resposta vinha com um ritmo próprio, uma pausa onde devia arrepiar, um ponto final que soava como um convite. Ele foi percebendo que, aos poucos, o tom mudava. Sem forçar. Sem pressa.

— A gente nem começou a conversar direito... — ele escreveu, fingindo não sentir o que sentia.

Ela respondeu com aquele sorriso escondido nas palavras.

— E ainda assim, olha o efeito…

E foi aí que ele entendeu: ela era do tipo que começava falando sobre café e terminava fazendo ele sonhar com a curva do pescoço dela. Do tipo que disfarça o desejo em parágrafos leves, mas carrega intenções nas entrelinhas.

— Gosto de conversas que começam inocentes — ela disse. — E terminam assim… com você sem saber se desvia ou se mergulha.

Ele não desviou.

Mergulhou. E sentiu o arrepio bem-vindo do inesperado.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Meu lugar favorito? Entre o teu abraço e o teu suspiro.

Ele não sabia exatamente por que sentia tanta falta dela em certos momentos do dia. Às vezes era num silêncio repentino, às vezes no cansaço depois de um dia longo. Mas era sempre a mesma vontade: tê-la por perto. Sentir.

— Se eu te perguntasse agora... onde você queria estar? — ele mandou, num impulso.

Ela estava deitada, olhos fechados, mas a mensagem acendeu algo. Imaginou o calor dos braços dele, o ritmo da respiração se encontrando, o arrepio que nasce no toque e se espalha com o som de um suspiro.

Ela não hesitou.

— Meu lugar favorito? — digitou. — Entre o teu abraço e o teu suspiro.

Ele leu em silêncio, como quem segura algo precioso. Como se já sentisse o corpo dela encaixando no dele, no tempo certo, no espaço exato. Como se o simples ato de imaginar já fosse o suficiente pra aquecer a pele.

E foi ali que ele percebeu: ela sabia exatamente onde morava o desejo — entre o calor do corpo e a pausa da respiração.

domingo, 6 de abril de 2025

Teu nome já virou sussurro no meu pensamento.


Ele não queria admitir, mas ela estava ali mesmo quando não estava.


A presença dela ficava nos espaços vazios, nos momentos silenciosos, nos segundos entre um pensamento e outro. Não era algo que ele controlava. Era um sussurro, um eco suave que vinha sem aviso e arrepiava sem esforço.


Então, sem pensar muito, ele digitou:


— Você some, mas fica…


Ela viu a mensagem e sorriu. Gostava de saber que deixava marcas sem precisar estar presente. Era um jogo que jogava bem.


— Fico como? — respondeu, provocando.


Ele hesitou. Poderia disfarçar, mas para quê?


— Teu nome já virou sussurro no meu pensamento.


Do outro lado da tela, ela mordeu o lábio. Porque sabia exatamente o que isso significava.


Sabia que ele estava entregue.


sexta-feira, 4 de abril de 2025

Brinco com palavras, mas não com sentimentos.


Ele estava encantado. Não só pelo jeito que ela falava, mas pelo que havia por trás de cada palavra. Era provocante, sim. Mas também havia uma sinceridade que desarmava.


— Você fala como se estivesse sempre flertando… — ele disse, meio em dúvida, meio rendido.


Ela sorriu com delicadeza, sem desviar o olhar.


— É que eu brinco com palavras, sim… mas não com sentimentos.


Não era sobre manipular. Era sobre encantar com verdade. Porque ela sabia que uma frase bem dita podia acender desejos, mas também podia criar laços. E ela não acendia em vão.


Cada provocação que ela lançava vinha com intenção, nunca por impulso. Ela não dizia o que não queria sentir. E não fingia sentir o que não dizia.


Ele entendeu naquele momento: por trás do charme, havia alguém que sentia fundo. Que se entregava com honestidade. Que podia brincar com as palavras… mas nunca com o coração.


E isso, pra ele, foi mais sedutor do que qualquer jogo.

Gosto de quem entende o não dito.

 

Algumas conversas não precisam de palavras. Elas acontecem nos intervalos. No olhar mais longo, na ausência calculada, no silêncio que vibra mais alto que qualquer frase.


Ele ficou esperando a resposta dela. Tinha mandado uma mensagem curta, provocante, esperando que ela entrasse no jogo. Mas ela não respondeu. Não de imediato. Deixou o espaço se esticar como um elástico prestes a romper.


E quando finalmente respondeu, veio com precisão cirúrgica:


— E você precisa mesmo de palavras pra saber o que eu quero?


Ele sorriu.


Ela era o tipo que falava com o corpo, com o tempo, com as entrelinhas. Gente que sente mais do que explica, que provoca mais com o silêncio do que com declarações.


Ela gostava de quem decifrava. De quem percebia os sinais. De quem lia no tom da voz aquilo que ela não dizia — e ainda assim queria gritar.


Gente que entende o não dito não precisa perguntar demais. Só sente. E age.

Escrevo como toco: sem pressa, mas deixando marca.


Ele lia devagar, como se cada palavra dela tivesse o peso de um toque. Já não era apenas uma conversa — era quase uma experiência. Ela sabia escrever com intenção, como quem acaricia com os olhos antes de chegar com os dedos.


— Suas palavras ficam na minha cabeça… — ele disse, deslizando o dedo pela tela, relendo o que ela havia mandado.


Ela sorriu, sabendo exatamente o efeito que causava.


— É que eu escrevo como toco — respondeu, com um ponto final que parecia um beijo. — Sem pressa, mas deixando marca.


Ele fechou os olhos por um instante. Quase podia sentir os dedos dela caminhando lentamente sobre a pele, como se cada vírgula fosse uma pausa carregada de tensão, e cada ponto final… um arrepio.


As frases dela não se apagavam com o tempo. Elas ficavam. Presas em algum lugar entre o pensamento e o desejo.


E ele, mesmo sem tê-la tocado, já carregava as marcas.

Entre o desejo e a razão, eu escolho o arrepio.


Ele tentava se convencer de que era melhor recuar. Que pensar era mais seguro. Que o certo era manter a distância, respeitar os limites invisíveis que ainda os separavam.


Mas ela… ela não facilitava.


Chegava com o perfume sutil e o olhar carregado de intenção. Falava devagar, como quem não tem pressa de seduzir porque já sabe que vai vencer. Ela não fazia promessas — fazia provocações.


— Isso não faz sentido… — ele murmurou, tentando se agarrar a qualquer lógica que o mantivesse firme.


Ela riu, com aquele brilho nos olhos que já era uma resposta.


— A razão explica, o desejo arrepia. E me diz… o que você prefere sentir na pele?


Ele engoliu seco. Podia ouvi-la sem tocá-la, mas era como se os sussurros dela já dançassem pela sua nuca. Cada palavra trazia um arrepio que descia lento pela espinha.


Ela se aproximou. A respiração quase tocando. Os lábios quase roçando. A dúvida quase sumindo.


— Entre o desejo e a razão — disse ela, com voz baixa e quente — eu escolho o arrepio. E você?


Ele não respondeu. Só fechou os olhos. E deixou que o corpo decidisse por ele.

Sou um convite sem data, um mistério sem resposta.

Ele a observava há algum tempo, tentando decifrá-la. Ela não era como as outras—não se entregava fácil, não oferecia certezas. Era um enigma vestido de desejo, uma promessa que podia ou não se cumprir.

— Você sempre some assim? — ele perguntou, encostado no balcão, os olhos presos nela.

Ela sorriu, tomando um gole do drink devagar, sem pressa de responder.

— Eu não sumo... — inclinou-se levemente, deixando a voz deslizar como um segredo. — Só não apareço para qualquer um.

Ele franziu o cenho, intrigado.

— Então como alguém te encontra?

Ela girou a taça entre os dedos, os lábios curvados num sorriso cheio de mistério.

— Me descobrem. Ou desistem tentando.

Havia um desafio naquelas palavras. Um convite sem data, um caminho sem mapa. Ele soube naquele instante que não ia embora sem tentar.

Cuidado... Algumas mensagens podem ser beijos disfarçados.

Era apenas uma conversa. Palavras trocadas entre notificações, pontuações escolhidas com precisão. Mas ele sentia—cada frase dela tinha um peso diferente, uma intenção velada que ia além da tela.

— Você sempre escreve assim? — ele perguntou, os olhos fixos no brilho do celular, sentindo o calor subir pelas palavras digitadas.

Ela sorriu sozinha, imaginando a expressão dele do outro lado.

— Assim como? — respondeu, se fazendo de desentendida.

— Como se cada frase tivesse gosto, como se eu pudesse sentir sua boca entre as letras...

Ela mordeu o lábio, gostando do jogo. Digitou devagar, saboreando a espera que se instalava entre eles.

— Cuidado... Algumas mensagens podem ser beijos disfarçados.

A resposta dele demorou um pouco mais. Talvez estivesse absorvendo o efeito daquelas palavras. Talvez estivesse sentindo o arrepio que a ideia provocava. Quando finalmente chegou, veio curta, mas carregada de desejo contido.

— E se eu quiser sentir de verdade?

Ela inclinou a cabeça, os olhos fixos na tela. O jogo estava ficando interessante.

— Então pare de ler e venha descobrir.

A última mensagem ficou ali, pendurada entre o silêncio e a promessa. Do outro lado da tela, ele já sabia que aquela noite não terminaria apenas em palavras.

Não sou difícil, só gosto de quem sabe jogar.

Ele estava acostumado com jogos previsíveis. Seduções óbvias, onde cada movimento era calculado para encurtar o caminho até a vitória. Mas com ela, não. Com ela, o jogo era outro.

— Você é difícil... — ele disse, entre um sorriso e um suspiro.

Ela girou a taça entre os dedos, olhando para ele sem pressa, como quem decide se a partida vale a pena.

— Difícil? — repetiu, deixando a palavra pairar no ar. Depois, inclinou-se levemente, o bastante para provocar sem entregar. — Não... Eu só gosto de quem sabe jogar.

Ele arqueou a sobrancelha, interessado.

— E qual é a regra?

Ela mordeu o lábio, fingindo pensar, antes de sussurrar:

— Não ter pressa para ganhar... e saber aproveitar cada rodada.

O olhar dele deslizou até a boca dela, e naquele instante, ele soube: o jogo já tinha começado—e ela estava no controle.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Minha boca fala poesia, mas sabe sussurrar pecado.

Ele gostava da maneira como ela falava. Das palavras bem escolhidas, da cadência suave da voz, do jeito que cada frase parecia carregada de significado. Era uma poesia viva, envolvente, impossível de ignorar.

— Gosto de como você fala... — ele disse, deixando o olhar escorregar para a curva dos lábios dela.

Ela sorriu devagar, um brilho de mistério nos olhos.

— É porque você só ouviu a poesia.

Ele arqueou a sobrancelha, intrigado.

— E o resto?

Ela se inclinou levemente, diminuindo a distância entre eles, e deixou que a resposta viesse em forma de um sussurro quente, rente à pele dele.

— O resto... eu só sussurro. Mas posso te dar uma amostra.

Ele sentiu o arrepio antes mesmo das palavras chegarem.

— Imagina minha boca dizendo seu nome entre gemidos baixos... Ou descrevendo, bem devagar, tudo o que eu faria se estivéssemos a sós.

A respiração dele vacilou por um segundo. Ela percebeu e sorriu, satisfeita.

— Viu? Poesia encanta. Mas pecado... pecado faz arrepiar.

Diz que sou exagero, mas se arrepia só de imaginar.

Ele sempre dizia que ela exagerava. Que sua intensidade era demais, que suas palavras vinham carregadas de algo impossível de ignorar.

Mas era só ela se aproximar, só sua voz baixar num sussurro qualquer, que o corpo dele traía qualquer argumento.

— Você exagera… — ele tentou, num tom casual, mesmo quando sentiu o arrepio subir pela nuca.

Ela sorriu, porque sabia. Porque sempre soube.

— Ah, é? Então me diz… — inclinou-se só um pouco, o suficiente para que o ar entre os dois se aquecesse.

Ele segurou o olhar dela, sem responder. Não precisava. Ela já tinha a resposta, visível na pele, no jeito que ele respirava mais fundo, no silêncio carregado de intenção.

Ela passou a ponta dos dedos de leve pelo próprio pescoço e viu os olhos dele seguirem o movimento, atentos, famintos. Então, sussurrou, como se apenas jogasse com o destino:

— Por que você está arrepiado?

Ele soltou uma risada baixa, derrotado, e finalmente fez o que evitava desde o primeiro instante. Se inclinou, chegando perto o suficiente para que ela sentisse a resposta, sem precisar ouvir palavra alguma.

Me lê devagar... Sou um livro que não se esquece.

Algumas histórias são passageiras. Aquelas que se folheiam sem atenção, que se devoram rápido e logo se perdem na memória. Mas ela não era assim. Não era um conto raso para ser lido às pressas.

Ele percebeu no jeito que ela falava—pausadamente, como se cada palavra tivesse gosto. No olhar que sustentava o silêncio, como quem sabia que algumas entrelinhas valiam mais do que qualquer frase dita em voz alta.

— E você? Que tipo de história é? — ele perguntou, a voz baixa, rouca de curiosidade.

Ela inclinou a cabeça levemente, deixando a ponta dos dedos traçar um círculo na borda da taça antes de encará-lo com um sorriso lento.

— Daquelas que marcam. Que deixam frases sublinhadas na pele. Mas só pra quem sabe ler devagar...

O ar entre os dois ficou mais denso, carregado de possibilidades. Ele segurou o olhar dela por um instante, a tensão crescendo entre um piscar e outro. Depois, como quem aceita um enigma sedutor, se inclinou um pouco mais perto, deixando a voz deslizar pelo espaço entre eles.

— Eu tenho todo o tempo do mundo.

E, pela primeira vez naquela noite, ela soube que seria lida exatamente como queria: sem pressa, linha por linha, até que cada palavra se tornasse inesquecível.

Entre uma palavra e um arrepio, eu escolho os dois.

O jogo começava sutil. Não era sobre pressa, mas sobre provocação. Entre olhares que demoravam um segundo a mais do que deviam e palavras carregadas de duplo sentido, eles se descobriam aos poucos.

— Palavras ou toques? — ele perguntou, brincando com a dúvida.

Ela sorriu de canto, inclinando-se só o suficiente para que ele sentisse o calor da respiração.

— Os dois. Sempre os dois.

Os flertes vinham em pequenas doses, como um veneno doce que se espalhava devagar. Um elogio que parecia inocente, um gesto que dizia mais do que deveria. Um simples roçar de dedos ao entregar um copo. Um sussurro que não precisava ser tão baixo assim.

Ele quis testar. Deixou a ponta dos dedos desenharem um caminho invisível na pele dela, ao mesmo tempo em que sussurrava seu nome. A resposta veio sem palavras, apenas na forma de um arrepio visível.

Ela mordeu o lábio, satisfeita.

— Viu? Se souber usar a voz... pode arrepiar mais do que qualquer toque.

E assim seguiam, flertando sem nunca admitir, desejando sem nunca apressar. Porque o jogo da sedução não estava na conquista rápida, mas na fome que crescia entre uma palavra e um arrepio.

Te Provoco, Me Aguenta?

Ela sabia o que estava fazendo. Cada palavra, cada pausa, cada olhar demorava um segundo a mais do que deveria. Um jogo sutil, um convite disfarçado.

Ele percebeu. Tentou ignorar, fingiu não notar o sorriso de canto, o tom de voz que insinuava mais do que dizia. Mas a verdade é que já era tarde. Algumas provocações começam na mente e terminam na pele.

A pergunta pairou no ar como um desafio: Te provoco, me aguenta?

Ele sorriu. Como quem já sabia a resposta.

Minha boca é carinho... mas também é incêndio.

  Minha boca é carinho... mas também é incêndio. Ela tem essa delicadeza que engana. Olhos doces, risada leve… e uma boca que beija como q...