Ele estava acostumado com jogos previsíveis. Seduções óbvias, onde cada movimento era calculado para encurtar o caminho até a vitória. Mas com ela, não. Com ela, o jogo era outro.
— Você é difícil... — ele disse, entre um sorriso e um suspiro.
Ela girou a taça entre os dedos, olhando para ele sem pressa, como quem decide se a partida vale a pena.
— Difícil? — repetiu, deixando a palavra pairar no ar. Depois, inclinou-se levemente, o bastante para provocar sem entregar. — Não... Eu só gosto de quem sabe jogar.
Ele arqueou a sobrancelha, interessado.
— E qual é a regra?
Ela mordeu o lábio, fingindo pensar, antes de sussurrar:
— Não ter pressa para ganhar... e saber aproveitar cada rodada.
O olhar dele deslizou até a boca dela, e naquele instante, ele soube: o jogo já tinha começado—e ela estava no controle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário