quinta-feira, 3 de abril de 2025

Minha boca fala poesia, mas sabe sussurrar pecado.

Ele gostava da maneira como ela falava. Das palavras bem escolhidas, da cadência suave da voz, do jeito que cada frase parecia carregada de significado. Era uma poesia viva, envolvente, impossível de ignorar.

— Gosto de como você fala... — ele disse, deixando o olhar escorregar para a curva dos lábios dela.

Ela sorriu devagar, um brilho de mistério nos olhos.

— É porque você só ouviu a poesia.

Ele arqueou a sobrancelha, intrigado.

— E o resto?

Ela se inclinou levemente, diminuindo a distância entre eles, e deixou que a resposta viesse em forma de um sussurro quente, rente à pele dele.

— O resto... eu só sussurro. Mas posso te dar uma amostra.

Ele sentiu o arrepio antes mesmo das palavras chegarem.

— Imagina minha boca dizendo seu nome entre gemidos baixos... Ou descrevendo, bem devagar, tudo o que eu faria se estivéssemos a sós.

A respiração dele vacilou por um segundo. Ela percebeu e sorriu, satisfeita.

— Viu? Poesia encanta. Mas pecado... pecado faz arrepiar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha boca é carinho... mas também é incêndio.

  Minha boca é carinho... mas também é incêndio. Ela tem essa delicadeza que engana. Olhos doces, risada leve… e uma boca que beija como q...