Ele não queria admitir, mas ela estava ali mesmo quando não estava.
A presença dela ficava nos espaços vazios, nos momentos silenciosos, nos segundos entre um pensamento e outro. Não era algo que ele controlava. Era um sussurro, um eco suave que vinha sem aviso e arrepiava sem esforço.
Então, sem pensar muito, ele digitou:
— Você some, mas fica…
Ela viu a mensagem e sorriu. Gostava de saber que deixava marcas sem precisar estar presente. Era um jogo que jogava bem.
— Fico como? — respondeu, provocando.
Ele hesitou. Poderia disfarçar, mas para quê?
— Teu nome já virou sussurro no meu pensamento.
Do outro lado da tela, ela mordeu o lábio. Porque sabia exatamente o que isso significava.
Sabia que ele estava entregue.
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