Algumas palavras têm cheiro. Outras, gosto. As dela? Têm toque.
Ele lia devagar, tentando não se deixar levar. Mas era impossível. Cada frase parecia ter sido escrita direto na pele. As entrelinhas queimavam, os pontos finais tremiam.
— Você sempre escreve assim? — ele perguntou, com a voz embargada de desejo e surpresa.
Ela inclinou a cabeça, aquele sorriso de quem sabe exatamente o que está fazendo.
— Se arrepia só de ler… imagina sentir.
E naquele momento, ele entendeu: certas histórias não são feitas só pra serem lidas. São feitas pra serem vividas. E ela, definitivamente, era um capítulo que ele não teria coragem de pular.
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