Tem gente que provoca sem saber. Tem gente que sabe — e faz de propósito.
Ele era do tipo que brincava com as palavras, que encostava no limite do que se pode dizer sem parecer direto demais. Mas ela percebia. Cada vírgula carregava tensão, cada emoji escondia uma promessa sutil.
— Você tem ideia do que causa em mim? — ela soltou, sem dar tempo de fuga.
Ele hesitou. Um sorriso surgindo devagar.
— Talvez… por quê?
Ela se aproximou como quem não pede permissão, só vai.
— Se soubesse o efeito que tem em mim, me provocaria mais ou menos?
Não era uma pergunta qualquer. Era um desafio, um convite e uma confissão disfarçada em uma só frase.
E ali, entre a dúvida e o arrepio, ele entendeu que a intensidade dela vinha justamente disso: de dizer pouco… mas provocar demais.
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