segunda-feira, 28 de abril de 2025

Se decifra meus silêncios, imagina meus sussurros.

Tinha algo no jeito como ele a olhava, como se entendesse cada entrelinha, cada pausa disfarçada de distração. Como se soubesse que, mesmo em silêncio, ela dizia tudo.

— Você não fala tudo… mas eu entendo — ele disse, com aquela certeza morna que arrepia.

Ela sorriu, sem pressa.

— Se decifra meus silêncios, imagina meus sussurros.

Porque ela sabia que o prazer também mora no mistério. No que é dito com os olhos, no que vibra no tom da respiração, no quase-toque.

E quando o desejo é inteligente, os sussurros não são sons. São promessas.

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