Ele estava encantado. Não só pelo jeito que ela falava, mas pelo que havia por trás de cada palavra. Era provocante, sim. Mas também havia uma sinceridade que desarmava.
— Você fala como se estivesse sempre flertando… — ele disse, meio em dúvida, meio rendido.
Ela sorriu com delicadeza, sem desviar o olhar.
— É que eu brinco com palavras, sim… mas não com sentimentos.
Não era sobre manipular. Era sobre encantar com verdade. Porque ela sabia que uma frase bem dita podia acender desejos, mas também podia criar laços. E ela não acendia em vão.
Cada provocação que ela lançava vinha com intenção, nunca por impulso. Ela não dizia o que não queria sentir. E não fingia sentir o que não dizia.
Ele entendeu naquele momento: por trás do charme, havia alguém que sentia fundo. Que se entregava com honestidade. Que podia brincar com as palavras… mas nunca com o coração.
E isso, pra ele, foi mais sedutor do que qualquer jogo.
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