terça-feira, 22 de abril de 2025

Minha resposta favorita? Aquele olhar que dispensa palavras.


Tem silêncios que gritam. Olhares que tocam mais fundo do que qualquer carícia ousaria. Ela sabia usar os olhos como se fossem mãos — firmes, sensíveis, íntimos.

Ele falava demais, talvez por medo de sentir. Mas bastava aquele olhar dela, demorado, cheio de intenções não ditas, pra desarmar qualquer argumento.

— Vai ficar me olhando assim por quê? — ele perguntou, tentando controlar o arrepio que veio sem convite.

Ela sorriu devagar, sem pressa de responder. Porque não precisava.

Entre eles, o que mais dizia… era o que não era dito.

E naquele instante, ele entendeu: algumas respostas não são feitas pra serem ouvidas. São pra ser sentidas na pele, na alma, no desejo que pulsa silencioso entre um olhar e outro.

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