Minha imaginação já despiu a tua intenção.
Havia algo no ar.
Naquele silêncio cheio de pensamentos impuros.
Ela o observava como quem já sabia tudo que ele queria fazer — e como queria que ela deixasse.
— Tá me olhando assim por quê? — ele perguntou, com a voz grave, tensa.
Ela deu um meio sorriso, sem pressa.
— Porque tua intenção já tá nua na minha cabeça.
Ele tentou controlar o sorriso, mas falhou.
Ela continuou, se aproximando devagar, como quem saboreia a antecipação.
— E a tua intenção? — ele quis saber.
Ela inclinou o rosto até quase tocar o dele.
— Já tá em cima da tua… faz tempo.
E naquela troca, nem o tempo, nem o espaço, nem o pudor existiam.
Só a tensão entre dois corpos…
E duas imaginações já completamente despidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário