sábado, 31 de maio de 2025

Tenho vontades que nem o tempo apaga. Só você atiça.

 

Tenho vontades que nem o tempo apaga. Só você atiça.

Ela nunca foi de esquecer fácil.

Não porque guardasse mágoas — mas porque certas vontades se alojam no corpo como memória de pele.
Podia passar o tempo, os dias, as distrações...
Mas bastava uma lembrança dele, uma palavra dita no tom certo, e tudo reacendia.

— Ainda sente?

Ele perguntou como quem não esperava resposta.
Mas ela, sem hesitar:

— Algumas vontades não passam. Só esperam você voltar pra acender de novo.

E ele entendeu.
Ela não queria recomeços.
Queria continuidade.
Queria a intensidade de antes, com a liberdade de agora.
Sem máscaras.
Com suor, gemido e olho no olho.

Porque certas vontades não morrem.
Dormem.
E bastam dois toques certos — um no corpo, outro na alma — pra incendiar tudo outra vez.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Te penso com vontade, te imagino com detalhes.

 

Te penso com vontade, te imagino com detalhes.

Ela não precisava fechar os olhos pra te ver.

Bastava a lembrança do teu cheiro, do tom da tua voz, daquela pausa antes de sorrir.
Te pensava com vontade — e a vontade tinha nome, endereço e sabor.

Quando ele perguntou:

— Pensando em mim?

Ela respondeu com a calma de quem não disfarça desejo:

— Com vontade. E com cada detalhe que tua boca nunca negaria.

Na mente dela, tua mão já sabia o caminho.
O toque começava suave, mas era tua respiração que fazia tudo arder.
Ela te imaginava sem censura, sem pressa, com a ousadia de quem sabe exatamente o que quer provocar.

E no silêncio entre um pensamento e outro, ela já sentia tua presença como quem antecipa o toque:
invisível, mas inevitável.
Quente.
Cru.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Me lê como quem sabe onde tocar.

 

Me lê como quem sabe onde tocar.

Ele a observava como quem decifrava um livro escrito à mão: com tempo, cuidado… e certa fome disfarçada.

Ela notou.
E provocou.

— Tá me lendo por quê?

Ele não hesitou.

— Porque quem sabe onde tocar, começa com os olhos.

Ela sorriu, lenta.
Como quem sabia que palavras certas acendem lugares errados.

Ele virou a página sem pressa, querendo explorar cada entrelinha.
Ela era cheia de margens rabiscadas, parágrafos intensos e silêncios que gritavam.
Um texto com cheiro, gosto e pele.
Impossível de resumir.

E ali, naquela troca de olhares, o entendimento foi mútuo:
Algumas pessoas não se leem.
Se sentem.
Página por página, toque por toque.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Tem vontade minha que só tua boca acalma.

 

Tem vontade minha que só tua boca acalma.

Ela falava pouco, mas o corpo inteiro gritava. Não era fácil disfarçar a tensão quando ele chegava perto.

O cheiro, a voz, o jeito — tudo nele parecia cutucar alguma urgência adormecida.

— Por que esse olhar? — ele perguntou, notando o brilho diferente nos olhos dela.

Ela não desviou. Estava cansada de fingir que não sentia.

— Porque tem vontade minha que só tua boca acalma.

Ele sorriu. E ela continuou, num tom mais baixo:

— Não é fome, nem sede. É outra coisa. Mais funda. Mais quente.

Um desejo que nem palavra alcança.

É como se meu corpo inteiro tivesse te esperando, só pra te provar que é na tua boca que eu descanso essa vontade.

E ali, entre o silêncio e o arrepio, ele entendeu.

Não era carência. Era pura lascívia, feita de desejo acumulado, daqueles que não se explicam, só se sentem, com a pele em brasa e a respiração fora do ritmo.

terça-feira, 27 de maio de 2025

Meus pensamentos te tocam mais do que minhas mãos.

 

Meus pensamentos te tocam mais do que minhas mãos.

Ele jurava que era só curiosidade. Que os toques dela, mesmo distantes, eram exagero da própria mente. Mas então percebeu: bastava pensar nela para sentir.

— Já sentiu que eu te toco mesmo sem estar por perto? — ela perguntou certa noite, a voz quase em sussurro por mensagem.

Ele hesitou. Mas respondeu com a verdade.

— O tempo todo.

Ela sorriu do outro lado da tela, como se soubesse.

— Meus pensamentos te tocam mais do que minhas mãos.

E ele entendeu. Cada mensagem, cada pausa, cada vírgula era uma carícia mental. Cada imagem que ela sugeria sem mostrar, cada palavra escolhida, era uma forma de tocar onde as mãos ainda não tinham permissão.

Ele estava rendido. Não pelo corpo. Mas pelo desejo escondido entre as entrelinhas.

Porque às vezes, é o pensamento que desarma mais do que o toque.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Te olho como quem já imaginou tudo com os olhos fechados.

 

Te olho como quem já imaginou tudo com os olhos fechados.

O olhar dele prendia. Não era de quem admirava — era de quem devorava em silêncio.

Ela notou. Sorriu, sem disfarçar a provocação.

— Por que me olha assim?
— Porque já te vi com os olhos fechados — ele respondeu, sem desviar o olhar.

Ela sentiu o corpo arrepiar.

Ele não falava da aparência. Falava do que a mente dele tinha desenhado nas noites de silêncio e desejo. Das mãos deslizando por curvas que só conhecia em imaginação. Dos sussurros que nunca ouviu, mas sabia de cor.

E o jeito que ele a olhava agora?
Era só a confirmação de tudo que já tinha vivido com ela… sem nunca ter encostado.

E ela entendeu:
Alguns olhares vêm carregados de memórias que ainda não aconteceram.

domingo, 25 de maio de 2025

Escrevo com os dedos que queria usar em você.

 

Escrevo com os dedos que queria usar em você.

— Você escreve com tanta intensidade... — ele comentou, deslizando os olhos pelas palavras que ela postava como quem decifrava segredos.

Ela sorriu ao ler. Não respondeu de imediato. Preferia provocar um pouco mais.

Minutos depois, veio a notificação com a resposta direta:

— É que escrevo com os dedos que queria usar em você.

Ele engoliu seco. Imaginou a cena. As mãos dela, firmes e suaves ao mesmo tempo, escrevendo, sim. Mas também guiando, pressionando, tocando onde o texto não alcança.

Ela continuou, como se pudesse sentir o efeito:

— Cada frase é só o ensaio. Cada vírgula, uma pausa pra respirar entre os toques que ainda não te dei.

Ele quis responder. Mas não achou palavra. Porque sabia: quando ela escrevia daquele jeito, era a pele dele que ela queria editar.

sábado, 24 de maio de 2025

Não falo tudo o que penso, mas insinuo o que desejo.

 

Não falo tudo o que penso, mas insinuo o que desejo.

— Você é cheia de mistério... — ele comentou, meio rindo, meio tentando entender onde exatamente estava se metendo.

Ela ergueu uma sobrancelha, brincando com o dedo na borda da taça.

— Não falo tudo o que penso, mas insinuo o que desejo.

Foi direto assim, como um toque que não se sente na pele, mas que arrepia do mesmo jeito. Ele ficou em silêncio por um segundo a mais do que o normal — o tempo suficiente pra ela perceber o impacto.

Ela não dizia. Insinuava. E nessa dança de meias palavras e silêncios intencionais, ela o conduzia sem pressa. Cada gesto era calculado, cada sorriso tinha uma história por trás, e cada frase deixava a sensação de que algo estava prestes a acontecer... mas só se ele soubesse ler direito.

Porque o desejo dela não vinha com manual. Vinha com entrelinhas.

E ele, sem saber, já estava viciado em decifrar.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Te olho e já imagino o que não posso escrever aqui.

 

Te olho e já imagino o que não posso escrever aqui.

— Em que tá pensando? — ele perguntou com um sorriso torto, curioso com o silêncio dela.

Ela não respondeu de imediato. Apenas o encarou com um olhar que passeava, sem pudores, por cada detalhe do rosto dele. Pela curva da boca, pelo pescoço exposto, pelo jeito como os dedos tamborilavam impacientes sobre a mesa.

Depois, inclinou-se ligeiramente e sussurrou, com a voz baixa o suficiente pra provocar:

— Te olho e já imagino o que não posso escrever aqui.

Ele engoliu seco.

Porque ela não precisava descrever nada. O jeito como mordia o canto do lábio já dizia mais do que qualquer parágrafo ousado. O silêncio dela era uma narrativa inteira — feita de intenções não ditas e vontades ainda sem roteiro.

E ele entendeu: algumas histórias não são pra serem lidas. São pra serem sentidas. E ela... ela sabia exatamente como começar uma.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Não digo tudo. Prefiro que você imagine.

 Não digo tudo. Prefiro que você imagine.

— Vai me contar o que tá pensando? — ele perguntou, tentando decifrar aquele meio sorriso nos lábios dela.

Ela segurou o olhar por um segundo a mais, deixando o silêncio fazer o trabalho.

— Não digo tudo — disse, inclinando a cabeça com charme — Prefiro que você imagine.

E ele imaginou.

Imaginou o que havia por trás daquele olhar intenso. O que os lábios fariam se não estivessem presos às palavras contidas. O que o corpo dizia quando a mente soltava as amarras. Ela provocava com cada gesto sutil, como quem entregava pedaços do quebra-cabeça e escondia a parte mais quente da imagem.

Era esse o jogo.

Ela nunca revelava tudo. Deixava que ele completasse as frases com desejo, preenchesse as pausas com suspiros e traduzisse os silêncios com o próprio corpo.

Porque às vezes, o que mais excita... é aquilo que a gente só ousa imaginar.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Te deixo à vontade, mas com vontade de mim.

 Te deixo à vontade, mas com vontade de mim.

— Você é sempre assim, tão... à vontade? — ele perguntou, tentando esconder o calor que subia pelo pescoço.

Ela não precisou de muito para responder. O olhar bastava, mas ainda assim, falou:

— Te deixo à vontade, mas com vontade de mim.

Era isso. Ela tinha aquele raro talento de fazer alguém se sentir confortável, mas nunca indiferente. Sentar ao lado dela era como entrar em território seguro, mas instintivamente sensual. Ela não forçava. Apenas acontecia.

O toque estava nos detalhes — no jeito como ria com os olhos, na voz que deslizava como lençol novo na pele. Ela fazia ele esquecer do tempo, mas lembrar do corpo. Cada pausa virava tensão. Cada silêncio, uma promessa.

E ali, entre o relaxamento e o desejo, ele percebeu: ela era um convite. Aquele tipo de presença que acolhe... e excita.

terça-feira, 20 de maio de 2025

Tem toque que marca sem encostar. Eu sou assim.

 Tem toque que marca sem encostar. Eu sou assim.

— Você sempre mexe assim com as pessoas? — ele perguntou, meio sem jeito, como se tivesse sido desarmado só com uma frase dela.

Ela não negou. Apenas sorriu, como quem sabe exatamente o efeito que causa.

— Tem toque que marca sem encostar — disse, com voz baixa. — Eu sou assim.

Não era arrogância. Era verdade.

Ela tinha esse dom de tocar sem precisar das mãos. Marcava presença com palavras, com olhares, com silêncios bem colocados. Ele se lembrava do primeiro instante em que a viu — não houve contato físico, mas a pele soube que algo tinha acontecido.

Talvez fosse o jeito como ela dizia o nome dele. Ou como escolhia as palavras certas pra provocar sem invadir. Talvez fosse só o fato de que ela o fazia sentir... mesmo à distância.

E quando, finalmente, a tocasse — se algum dia tivesse esse privilégio — já seria tarde. Ele estaria marcado muito antes disso.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Meus textos são beijos disfarçados de palavras.

 Meus textos são beijos disfarçados de palavras.

— Você escreve sempre assim? — ele perguntou, com os olhos ainda fixos na última frase que ela havia postado.

Ela sorriu, com aquela familiar pontinha de malícia nos lábios.

— Meus textos são beijos disfarçados de palavras.

E era verdade.

Cada linha que ela criava carregava uma intenção sutil — uma carícia entre as letras, um toque leve entre as entrelinhas. As palavras escorriam como se tivessem sabor, como se ao ler, ele pudesse sentir a pele arrepiar. Porque ela não escrevia apenas para ser lida. Escrevia para provocar sensações.

Um beijo pode ser macio, pode ser urgente, pode ser promessa ou despedida. Ela sabia disso. E usava os textos da mesma forma. Alguns vinham suaves, como selinhos no pescoço. Outros, mais intensos, beirando a mordida. Mas todos deixavam rastro.

Ele não sabia se queria ler mais... ou beijar logo o ponto final.

domingo, 18 de maio de 2025

Te respondo com silêncio… mas meu corpo já disse tudo.

 Te respondo com silêncio… mas meu corpo já disse tudo.

— Vai ficar calada? — ele perguntou, esperando qualquer reação.

Ela o olhou com uma mistura de provocação e certeza. Não precisava dizer. Nunca precisou.

— Te respondo com silêncio… — murmurou, quase num sopro — mas meu corpo já disse tudo.

Porque havia momentos em que as palavras eram ruído. E ela sabia usar o silêncio como um convite. Um gesto, um suspiro, um olhar mais lento — tudo falava por ela. A pele entregava o que os lábios escolhiam guardar.

Ele percebeu no jeito como ela se inclinava sem se aproximar, como o olhar demorava um segundo a mais, como os dedos brincavam com a borda da taça, distraídos e carregados de intenção.

Ela não falava porque não precisava. O corpo inteiro era resposta. E ele? Ele estava ouvindo cada detalhe.


sábado, 17 de maio de 2025

Gosto do perigo leve, daquele que começa com um olhar.

 Gosto do perigo leve, daquele que começa com um olhar.

— Você gosta de perigo? — ele perguntou, meio brincando, meio querendo saber até onde ela iria.

Ela não respondeu de imediato. Deixou o silêncio trabalhar por alguns segundos, sustentando o olhar que já dizia o bastante.

Depois, com um sorriso enviesado, confessou:

— Gosto do perigo leve, daquele que começa com um olhar.

Aquele tipo de risco que não grita, mas deixa o corpo em alerta. O que entra devagar, desperta curiosidade, aquece a pele antes mesmo do toque. Um olhar firme, cheio de intenções escondidas, pode ser mais incendiário do que qualquer ato.

Ela não precisava de promessas ousadas ou palavras explícitas. Bastava o jogo sutil — o jeito como os olhos se encontram, desviam e voltam. Bastava perceber que ele entendeu a linguagem silenciosa do desejo.

Porque o perigo que ela mais gostava era o que a fazia arder sem se mover. O que acendia, primeiro, por dentro.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Às vezes eu sussurro só pra ver quem se arrepia.

 Às vezes eu sussurro só pra ver quem se arrepia.

— Por que fala tão baixo? — ele perguntou, inclinando-se para ouvi-la melhor.

Ela sorriu, sem pressa, e o olhar carregava a mesma intenção da voz: um convite sutil ao arrepio.

— Às vezes eu sussurro só pra ver quem se arrepia — respondeu, e naquele instante, ele sentiu mais do que ouviu.

Não era só o tom. Era o jeito como as palavras roçavam na pele feito vento quente. Era o ritmo lento, o som grave e íntimo. Como se cada frase tivesse sido feita para ser sentida antes de ser compreendida.

Ela sabia que existia poder no silêncio entre uma palavra e outra. Sabia que o arrepio começava na imaginação, e que um sussurro bem colocado podia fazer mais estrago do que um grito.

Ele sorriu, mas era um sorriso nervoso. Porque naquele momento, com o corpo despertando e o pensamento tropeçando, ele entendeu: o perigo era real — e vinha em forma de voz.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Nem tudo que escrevo é fantasia... algumas coisas são memórias.

 Nem tudo que escrevo é fantasia... algumas coisas são memórias.

Ele leu mais uma vez o texto dela. As entrelinhas pareciam pulsar, carregadas de algo que ia além da imaginação. Queria perguntar se aquilo tudo era só parte da ficção, mas no fundo, já sabia a resposta.

— Isso tudo é invenção tua? — arriscou, com um sorriso que misturava curiosidade e desejo.

Ela sorriu de volta, sem pressa, sem culpa.

— Nem tudo que escrevo é fantasia... — disse com a voz baixa. — Algumas coisas são memórias.

Memórias que ainda ardiam sob a pele. Que voltavam como lampejos nos momentos mais silenciosos. Ele percebeu, naquele instante, que cada linha carregava mais do que palavras: tinha corpo, tinha cheiro, tinha toque.

Ela não escrevia apenas para inventar. Ela escrevia para reviver. E agora, ele se perguntava... qual parte da história era ele?

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Não te chamo de tentação à toa.

Não te chamo de tentação à toa.


Ela o provocava com palavras, gestos e silêncios. Sabia dos efeitos que causava, mas nunca assumia com todas as letras.


— Me chama de quê, mesmo?


Ele perguntou, rindo, fingindo inocência.


Ela se aproximou devagar, a voz baixa e firme:


— Não te chamo de tentação à toa.


E naquele instante, ele entendeu que ela era o tipo de desejo que não se controla—se entrega. Porque quando ela chamava, era impossível resistir.


terça-feira, 13 de maio de 2025

O que te excita: minha escrita ou minha intenção?

 O que te excita: minha escrita ou minha intenção?


Ele não esperava essa pergunta. Estavam ali, a distância mínima entre os corpos, e ela, com um olhar travesso, jogava palavras como flechas. Ele observava seus lábios se movendo, as palavras que saíam deles, e ainda assim, a pergunta parecia mais um convite para algo mais profundo.


Ela o olhou de novo, com aquele olhar que dizia mais do que qualquer frase.


— O que te excita mais: minha escrita ou minha intenção? — ela perguntou, quase como se já soubesse a resposta.


Ele sorriu, mas foi uma resposta silenciosa. Ele sabia que algo nas entrelinhas dessa pergunta estava mais intenso do que qualquer resposta que ele pudesse dar. Ela não estava apenas falando sobre palavras; ela estava falando sobre tudo o que estava além delas, aquilo que o fazia querer mais, aquilo que os conectava em uma troca que não precisava de explicações.


— Ambos. — Ele respondeu, a voz rouca. — Mas a intenção... a intenção é o que me faz imaginar.


Ela se aproximou, os olhos fixos nos dele, a provocação ainda no ar.


— Então, imagine mais.


Ele sentiu a vibração das palavras no ar, sabia que aquele jogo de palavras e intenções acabava de começar. O toque viria em breve, sem pressa, mas com a certeza de que ele estava mais perto do que nunca.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

A distância não apaga, só aumenta a vontade.

 A distância não apaga, só aumenta a vontade.


Ele sempre achou que o tempo e a distância tirariam o brilho dos sentimentos, mas o que ele não sabia era que ela era feita de vontades silenciosas, de desejos não ditos.


— A distância está afastando você de mim? — ele perguntou, tentando compreender a tensão que sentia em seu peito.


Ela sorriu, aquela calmaria característica que a envolvia, e respondeu com uma voz suave, mas cheia de poder:


— Não... A distância não apaga, só aumenta a vontade.


Ele se surpreendeu, o olhar se aprofundando nas palavras que, de alguma forma, não conseguia compreender totalmente.


— Então... o que fazer com toda essa vontade? — ele sussurrou, se aproximando um pouco mais, sentindo o ar entre eles esquentar.


Ela deu um passo à frente, deixando que o espaço entre eles desaparecesse aos poucos. Sem pressa, sem presságio, mas com certeza.


— Esperar — ela respondeu, quase como um segredo. — A vontade só fica mais forte.


E ele soube, naquele instante, que a ausência não era uma barreira. Ao contrário, fazia a chama do desejo crescer, sem nem tocar, sem nem dizer mais nada. Ela sabia, ele sabia, e o silêncio entre eles se fez ainda mais carregado.


domingo, 11 de maio de 2025

Nem sempre falo, mas sempre provoco.

Ele tentava decifrar. As palavras dela vinham com pausas estratégicas, olhares longos, sorrisos enviesados. Não era o que ela dizia — era o que ela deixava escapar.


— Você não diz tudo que pensa, né?


Ela deu um gole no vinho, encostou a taça devagar, e respondeu com aquele tom de quem brinca com a tensão:


— Nem sempre falo, mas sempre provoco.


E foi aí que ele percebeu: algumas provocações não precisam de som. Elas tocam por baixo da pele, moram no gesto, na intenção. E ela era feita disso — de silêncios que arrepiavam.

sábado, 10 de maio de 2025

Gosto quando teu olhar me veste de desejo.

 Gosto quando teu olhar me veste de desejo.


Ela não precisava de elogios exagerados, nem de promessas vazias. Bastava o olhar. Aquele que a percorria sem tocar, que a despia em pensamento e a cobria de intenções.


— Tô te olhando demais?


Ela sorriu, com a tranquilidade de quem sabe o efeito que causa:


— Gosto quando teu olhar me veste de desejo.


Porque há olhares que tocam mais fundo do que qualquer mão. E com ele, ela já se sentia nua — de vontade.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Se ler com atenção, talvez me sinta aí.

 Se ler com atenção, talvez me sinta aí.


Ele lia cada frase como se procurasse algo escondido. E havia. Sempre havia.


Entre as metáforas, os sussurros, as pausas bem colocadas... Ela estava ali. Inteira. Disfarçada de vírgula, vestida de entrelinha.


— É só um texto ou tem mais escondido nele?


Ela respondeu sem pressa, como quem entrega e esconde ao mesmo tempo:


— Se ler com atenção, talvez me sinta aí.


E ele leu. Com os olhos, com a pele, com o desejo.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Minha calma esconde vontades que nem o silêncio suporta.

Minha calma esconde vontades que nem o silêncio suporta.


Ela era um mistério calmo. Não gritava, não corria atrás, não se expunha demais. Mas bastava um olhar mais atento para notar o incêndio por trás da brisa.


— Você parece tão tranquila... quase imune.


Ela sorriu. Devagar. Com aquele olhar que despia mais do que mil palavras:


— Minha calma esconde vontades que nem o silêncio suporta.


E naquele instante, ele soube: o desejo que não se diz é o que mais arde.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.

 Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.


Ela não dizia nada. Passava firme, como se ele não fizesse falta, como se o mundo seguisse inteiro sem sua presença.


Mas por dentro... ah, por dentro ela escrevia conversas, revivia toques, sentia o perfume imaginário que o pensamento insistia em deixar.


— Você parece tão distante às vezes...


Ela sorriu, meio triste, meio entregue:


— Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.


Porque havia dele em tudo. E mesmo quando o evitava, era pra não se entregar demais.


terça-feira, 6 de maio de 2025

Tua atenção é o toque que minha pele sente de longe.

 Tua atenção é o toque que minha pele sente de longe.

Ela nem precisou encostar. Bastou a intensidade do olhar, a pausa no meio da frase, a respiração que mudou de ritmo.

Ele a observava como quem toca com os olhos, e ela sentia, sentia de verdade.


— Nem encostou e eu já senti arrepio...


Ela respondeu com um meio sorriso, desses que dizem tudo:


— Tua atenção é o toque que minha pele sente de longe.


E naquele instante, entre uma troca de olhares e silêncios cheios de significado, os dois sabiam: estavam muito mais próximos do que imaginavam.


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Já te beijei com mil pensamentos.

 Ela não precisava de presença física pra sentir. Bastava um nome, uma lembrança, uma frase trocada despretensiosamente.

Ele não sabia, mas já era dele em tantos mundos silenciosos.

— Você pensa em mim assim… desse jeito?

Ela mordeu o lábio, como quem saboreia o que ainda não disse. Como quem já viveu aquela cena repetidas vezes, sem testemunhas.

— Já te beijei com mil pensamentos.

Beijos que começaram em sonhos distraídos, passaram por diálogos secretos e terminaram no fundo da garganta, abafados pelo orgulho de não dizer.

Mas estavam lá. Todos. E cada um deixava nela uma vontade: a de finalmente transformar pensamento em pele.

domingo, 4 de maio de 2025

Me levo a sério, mas brinco com a sua imaginação.

Ela escrevia com elegância, mas suas palavras dançavam na fronteira do desejo. Não era sobre ser óbvia. Era sobre provocar sem perder a classe.

— Você é cheia de mistério, hein...

Ela o encarou, como quem já sabia a próxima linha da história.

— Me levo a sério, mas brinco com a sua imaginação.

E ele entendeu: o que ela insinuava com o olhar, ninguém mais ousava dizer. Era uma brincadeira com gosto de vício. E ele já estava jogando, mesmo sem perceber.

sábado, 3 de maio de 2025

Tem desejo que começa no bom dia.

 

Ela não precisava dizer muito. Bastava um “bom dia” com aquele tom, aquele cuidado, aquela intenção sutil escondida atrás das palavras.

Ele lia e sentia. Como se entre o “bom” e o “dia” houvesse um espaço aberto pra tudo o que poderia acontecer.

— Só um “bom dia” e você já ficou assim?

Ela sorriu, mansa, provocante.

— Tem desejo que começa no bom dia.

E ele percebeu que não era sobre a hora. Era sobre a vontade de permanecer no resto do dia... dentro da imaginação dela.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Toco com palavras, mas sei usar as mãos também.


Ele lia cada frase como quem decifra um feitiço. Sentia o arrepio antes mesmo de chegar ao ponto final.

Ela escrevia com intenção. Tocava com as entrelinhas, com verbos no imperativo e silêncios sugestivos. Mas havia mais ali. Muito mais.

— Você provoca tanto só com o que escreve…

Ela se inclinou devagar, o olhar firme, a voz quase um sussurro:

— Toco com palavras, mas sei usar as mãos também.

E naquele instante, ele desejou virar página. Não para terminar... mas pra sentir o que vinha depois.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Se fosse só charme, passava… mas é desejo mesmo.


Ele achava que era só charme. Um jeito dela brincar, de provocar sem compromisso. Mas o olhar dela... o olhar dizia outra coisa.

Ela se aproximou com calma, como quem mede cada passo, mas deixa o rastro de propósito.

— Tá se exibindo pra mim?

Ela sorriu, lenta, segura. E respondeu como quem não precisa de permissão pra incendiar.

— Se fosse só charme, passava… mas é desejo mesmo.

E naquele momento, ele entendeu: o que arde entre eles não é encenação. É vontade. E desejo, quando é de verdade, não se finge.

Minha boca é carinho... mas também é incêndio.

  Minha boca é carinho... mas também é incêndio. Ela tem essa delicadeza que engana. Olhos doces, risada leve… e uma boca que beija como q...