Ela não precisava de presença física pra sentir. Bastava um nome, uma lembrança, uma frase trocada despretensiosamente.
Ele não sabia, mas já era dele em tantos mundos silenciosos.
— Você pensa em mim assim… desse jeito?
Ela mordeu o lábio, como quem saboreia o que ainda não disse. Como quem já viveu aquela cena repetidas vezes, sem testemunhas.
— Já te beijei com mil pensamentos.
Beijos que começaram em sonhos distraídos, passaram por diálogos secretos e terminaram no fundo da garganta, abafados pelo orgulho de não dizer.
Mas estavam lá. Todos. E cada um deixava nela uma vontade: a de finalmente transformar pensamento em pele.
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