Te deixo à vontade, mas com vontade de mim.
— Você é sempre assim, tão... à vontade? — ele perguntou, tentando esconder o calor que subia pelo pescoço.
Ela não precisou de muito para responder. O olhar bastava, mas ainda assim, falou:
— Te deixo à vontade, mas com vontade de mim.
Era isso. Ela tinha aquele raro talento de fazer alguém se sentir confortável, mas nunca indiferente. Sentar ao lado dela era como entrar em território seguro, mas instintivamente sensual. Ela não forçava. Apenas acontecia.
O toque estava nos detalhes — no jeito como ria com os olhos, na voz que deslizava como lençol novo na pele. Ela fazia ele esquecer do tempo, mas lembrar do corpo. Cada pausa virava tensão. Cada silêncio, uma promessa.
E ali, entre o relaxamento e o desejo, ele percebeu: ela era um convite. Aquele tipo de presença que acolhe... e excita.
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