Ela não precisava dizer muito. Bastava um “bom dia” com aquele tom, aquele cuidado, aquela intenção sutil escondida atrás das palavras.
Ele lia e sentia. Como se entre o “bom” e o “dia” houvesse um espaço aberto pra tudo o que poderia acontecer.
— Só um “bom dia” e você já ficou assim?
Ela sorriu, mansa, provocante.
— Tem desejo que começa no bom dia.
E ele percebeu que não era sobre a hora. Era sobre a vontade de permanecer no resto do dia... dentro da imaginação dela.
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