Te respondo com silêncio… mas meu corpo já disse tudo.
— Vai ficar calada? — ele perguntou, esperando qualquer reação.
Ela o olhou com uma mistura de provocação e certeza. Não precisava dizer. Nunca precisou.
— Te respondo com silêncio… — murmurou, quase num sopro — mas meu corpo já disse tudo.
Porque havia momentos em que as palavras eram ruído. E ela sabia usar o silêncio como um convite. Um gesto, um suspiro, um olhar mais lento — tudo falava por ela. A pele entregava o que os lábios escolhiam guardar.
Ele percebeu no jeito como ela se inclinava sem se aproximar, como o olhar demorava um segundo a mais, como os dedos brincavam com a borda da taça, distraídos e carregados de intenção.
Ela não falava porque não precisava. O corpo inteiro era resposta. E ele? Ele estava ouvindo cada detalhe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário