quarta-feira, 7 de maio de 2025

Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.

 Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.


Ela não dizia nada. Passava firme, como se ele não fizesse falta, como se o mundo seguisse inteiro sem sua presença.


Mas por dentro... ah, por dentro ela escrevia conversas, revivia toques, sentia o perfume imaginário que o pensamento insistia em deixar.


— Você parece tão distante às vezes...


Ela sorriu, meio triste, meio entregue:


— Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.


Porque havia dele em tudo. E mesmo quando o evitava, era pra não se entregar demais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quero tua boca me rasgando inteira, até eu esquecer que um dia fui silêncio.

 Quero tua boca me rasgando inteira, até eu esquecer que um dia fui silêncio. Não era beijo doce, nem gesto delicado. Era a fome crua, a bo...