Te penso com vontade, te imagino com detalhes.
Ela não precisava fechar os olhos pra te ver.
Bastava a lembrança do teu cheiro, do tom da tua voz, daquela pausa antes de sorrir.
Te pensava com vontade — e a vontade tinha nome, endereço e sabor.
Quando ele perguntou:
— Pensando em mim?
Ela respondeu com a calma de quem não disfarça desejo:
— Com vontade. E com cada detalhe que tua boca nunca negaria.
Na mente dela, tua mão já sabia o caminho.
O toque começava suave, mas era tua respiração que fazia tudo arder.
Ela te imaginava sem censura, sem pressa, com a ousadia de quem sabe exatamente o que quer provocar.
E no silêncio entre um pensamento e outro, ela já sentia tua presença como quem antecipa o toque:
invisível, mas inevitável.
Quente.
Cru.
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