quinta-feira, 31 de julho de 2025

Te provo com os olhos. E te devoro sem pedir.

Te provo com os olhos. E te devoro sem pedir. 

Não é vulgar.

É visceral.
É o tipo de fome que não se disfarça.

Ela não precisa tocar pra provocar.
Sabe mirar com os olhos e arrancar suspiros de quem passa.
E quando resolve avançar…
Não pede, não avisa — simplesmente toma.

— Te provo com os olhos — sussurra perto do pescoço.
— E te devoro sem pedir.

Porque há algo na forma como ela se aproxima…
na calma dos gestos que escondem a urgência…
na sofisticação do desejo que queima sem gritar.

Ela não implora.
Não espera.
Ela sente e vai.
Com a precisão de quem conhece a própria fome  e não nega o prazer de saciá-la.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Quero tua boca dizendo meu nome como se fosse prece e pecado.

Quero tua boca dizendo meu nome como se fosse prece e pecado.

Ela não queria apenas ser tocada.
Queria ser invocada.

— Fala meu nome — ela sussurrou, enquanto o corpo dele tremia sob a língua dela.

— Pra quê?

Ela sorriu, deslizando os dedos pelo peito dele até o quadril.

— Pra me invocar.
Pra pecar comigo.
Pra me sentir até perder o juízo.

Ele obedeceu.
Disse o nome dela como quem reza, com fé, com fome, com um fundo de medo do quanto aquilo podia viciar.

E ela gemeu.
Porque não havia prece mais intensa do que ouvir sua identidade na boca de quem treme de desejo.

Ali, entre as palavras e os toques, entre o suor e a entrega…
Eles foram pecado e salvação.
Ao mesmo tempo.
No mesmo corpo.
Na mesma noite.


sexta-feira, 25 de julho de 2025

Quero teu corpo arfando entre minhas coxas e tua voz implorando pra não parar.

 Quero teu corpo arfando entre minhas coxas  e tua voz implorando pra não parar.


Ela não queria joguinhos.
Queria ele inteiro.
Suado. Tremendo.
Arfando entre as coxas dela como se fosse ali o único lugar onde ainda conseguisse respirar.

— E se eu me render? — ele perguntou, com os olhos famintos e a alma meio entregue.

Ela se aproximou devagar, montando a resposta com o corpo antes da boca.

— Vai arfar entre minhas coxas.

Ele segurou o ar. A mão dela desceu firme pela nuca dele.

— E depois?

Ela encostou os lábios no ouvido dele, quente, cortante.

— Vai implorar.
Com a voz rouca…
E o corpo inteiro tremendo.

Porque ela não era abrigo.
Era incêndio.
Era a noite que não acaba, o toque que não se esquece, o gemido que ecoa até de manhã.

E ele…
Ele já estava entre as pernas dela.
Mesmo sem ainda ter chegado.


quinta-feira, 24 de julho de 2025

Te quero suado, sem rumo e dizendo meu nome entre os dentes.

 Te quero suado, sem rumo e dizendo meu nome entre os dentes.

Ela não fantasiava finais felizes.
Fantasiava corpos colados, respiração falhada, mãos marcando pele e prazer escapando sem controle.

— E como você me quer? — ele perguntou, já sabendo que a resposta viria como um soco de tesão.

— Suado — ela disse, sem hesitar.

Ele sorriu, provocando:

— Só isso?

Ela se aproximou, roçando a boca na dele, e deixou o gosto da resposta escorrer:

— Sem rumo.
E dizendo meu nome entre os dentes.

Porque pra ela, não bastava o toque.
Queria o caos.
Queria ver ele perdido nela, sem conseguir pensar, sem direção — só instinto.

Gemendo seu nome não por afeto, mas por necessidade.

E quando ele fechasse os olhos tentando escapar…
ela estaria ali.
Montada na vontade.
Sussurrando: mais.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Tô com vontade de te deixar sem força... e com a marca dos meus dentes.

 Tô com vontade de te deixar sem força... e com a marca dos meus dentes.


Ela não era delicada quando o desejo apertava.

Gostava do gosto de pele suada, de corpo entregue, de arrepio que vira gemido e força que vira súplica.

— O que você faria comigo agora? — ele perguntou, já meio ofegante, sentindo o ar pesar entre os dois.

Ela se aproximou como quem domina só com a presença, encostou a boca no ombro dele e sussurrou com os dentes quase tocando:

— Te deixaria sem força…

— Só isso?

Ela sorriu, puxando o ar entre os dentes.

— E com a marca dos meus dentes. Onde ninguém mais vê.

Porque ela queria gravar.
Não só na pele, mas na lembrança.

Queria vê-lo ceder.
Queria que ele sentisse saudade toda vez que o toque de outra não alcançasse o que ela queimou com os dentes.

E quando ele fechou os olhos…
Ela já tava ali, mordendo devagar, deixando mais do que dor:
deixando vício.


terça-feira, 22 de julho de 2025

Não quero conversa bonita, quero tua boca decidida entre as minhas pernas.

 Não quero conversa bonita, quero tua boca decidida entre as minhas pernas.

Ela já tinha ouvido conversas demais.
Frases bonitas, intenções disfarçadas, rodeios que tentam parecer charme.
Mas o corpo dela não queria poesia naquele momento.
Queria urgência.

Ele chegou com aquele jeitinho cuidadoso, voz baixa, tentativa de flerte educado.

— Tá querendo falar comigo?

Ela olhou direto nos olhos dele, sem desviar, sem fingir pudor.

— Não.

— Então o que quer?

Ela chegou perto, colou a boca no ouvido dele, e falou com a calma de quem já decidiu:

— Tua boca.
Decidida.
Entre as minhas pernas.

Silêncio.
Respiração presa.
Ele não esperava. Mas agora era tarde.

Ela não queria conversa.
Ela queria gosto.
Queria língua, pressão, gemido abafado.
Queria ser lida ali, com saliva e respiração quente.

E naquele instante, ele soube:
não se brinca com quem tem sede declarada.


segunda-feira, 21 de julho de 2025

Te quero gemendo baixo, sem saber se foge ou se implora por mais.

 Te quero gemendo baixo, sem saber se foge ou se implora por mais.

Não era sobre volume.
Era sobre o som preso na garganta.
Aquele gemido que escapa por entre os dentes, abafado pelo travesseiro ou pela mão.

Ela queria isso.
Queria ele vulnerável no escuro, com a pele acesa, o corpo pulsando e a mente sem saber se pedia trégua ou continuação.

— O que você quer de mim? — ele perguntou, tentando manter a pose.

Ela se aproximou, roçando a boca na curva do maxilar dele, como se já estivesse marcando território com a intenção.

— Te ouvir gemer.

— Só isso?

Ela riu, quente, sussurrando rente ao pescoço.

— Baixinho. Sem saber se foge… ou se me implora por mais.

Porque não era sobre pressa.
Era sobre levá-lo ao limite.
E depois… ultrapassar.

Ele não respondeu.
Mas o corpo dele já tinha escolhido:
ficar.
Gemendo.
Implorando.


domingo, 20 de julho de 2025

Meu corpo entende linguagens que tua boca ainda nem falou.

 Meu corpo entende linguagens que tua boca ainda nem falou.

Ele não disse nada.
Mas o olhar…
Ah, o olhar dele dizia coisas que nem a língua ousava pronunciar.

Ela sorriu de leve, como quem já tinha sido tocada por dentro.

— O que você escuta quando eu te olho? — ele perguntou, voz baixa, olhos grudados nos dela.

— Nem precisa falar — ela respondeu, com a calma de quem já arde.

— Por quê?

Ela se aproximou, passando os dedos devagar sobre o peito dele, como quem decifra intenções no silêncio.

— Porque meu corpo entende linguagens que tua boca ainda nem falou.

E ele soube.
Ela já estava entregue.
Não por palavras, mas por códigos escritos na pele, sussurrados entre os poros.

Ela era corpo que ouve.
E ele… era voz que provoca sem som.


sábado, 19 de julho de 2025

Tem coisa em mim que só geme quando alguém lê com a língua.

 Tem coisa em mim que só geme quando alguém lê com a língua.

Ela era feita de letras.
Mas as palavras certas, aquelas que realmente a faziam gemer por dentro… não estavam em nenhum livro.
Estavam no corpo. No toque. Na língua que sabe soletrar sem pressa.

— Posso te ler? — ele perguntou, com o olhar de quem já sabia a resposta.

— Depende… — ela sussurrou, com um sorriso que escorria malícia.

— Do quê?

Ela se inclinou, encostando os lábios no pescoço dele, como quem lê em braile com a respiração.

— Se vai usar a língua.

Porque tinha coisa nela que não se traduzia em papel.
E sim em arrepio.
Tinha frase gravada entre as coxas, vírgulas na curva da coluna, ponto final entre os gemidos.

E ele?
Ele já estava lendo.
Página por página.
Grito por dentro.
Língua por fora.


sexta-feira, 18 de julho de 2025

Tem parte minha que só se acende no toque certo e você acerta sem encostar.

Tem parte minha que só se acende no toque certo  e você acerta sem encostar.

Ela não sabia explicar.

Mas existia um ponto nela — secreto, quase sagrado — que só acendia com o olhar dele.
Nem precisava do toque.
Era como se o corpo soubesse que ele era o risco certo.

— O que você sente quando me vê? — ele perguntou, com aquela voz que já vinha carregada.

Ela respirou fundo, tentando conter o incêndio interno.

— Uma parte minha acende.

— Qual parte?

Ela não respondeu de imediato. Apenas olhou.
Intensa. Queimando.

Depois sorriu de leve, com os olhos baixos, e disse:

— Aquela que você toca… sem nem encostar.

Porque havia toques que vinham das mãos.
Mas o dele vinha da presença.
Do jeito que ele existia ao redor dela.

E ela…
Ela já estava em chamas.
Sem nunca ter sido tocada.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Não sou de pedir… mas faço você implorar.

Não sou de pedir… mas faço você implorar.

Ela não fazia promessas.
Não precisava.
Bastava o jeito como andava, como olhava, como deixava o silêncio pesar entre uma provocação e outra.

Ele tentou manter o controle. Mas tudo nela era desequilíbrio.

— Vai me pedir? — ele arriscou, tentando inverter o jogo.

Ela se aproximou, tocando o queixo dele com a ponta dos dedos, devagar.

— Eu? Nunca pedi.

— Então o que faz?

Ela sorriu, maliciosa, olhos cravados nos dele.

— Faço você implorar.

E ele soube.
Ali não havia espaço pra controle.
Não com ela.
Porque quando ela queria… fazia o corpo ceder, a mente se perder, e a boca… suplicar.

Sem grito.
Sem ordem.
Apenas presença.
Presença que comanda.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Te deixaria sem ar… mas com vontade de repetir.

Te deixaria sem ar… mas com vontade de repetir.

O olhar dele já vacilava.
Entre o medo de se perder e o desejo de ser dela sem restrições.

Ela se aproximou como quem conhece o próprio efeito.
A respiração dele acelerou antes mesmo do toque acontecer.

— E se eu não aguentar? — ele perguntou, entre sério e excitado.

Ela encostou os lábios na orelha dele e sussurrou com a calma de quem já venceu.

— Eu te deixo sem ar…

— Vai me matar?

Ela riu baixinho, com aquele veneno doce que escorre pela nuca.

— Não. Só deixar com vontade de repetir.

Porque ela não era o fim.
Era o vício.
O tipo de presença que arranca fôlego, deixa marca e volta no pensamento quando menos se espera.

E ele?
Já estava sem ar e querendo de novo.

domingo, 13 de julho de 2025

Não quero só te ter, quero te perder o juízo.

 Não quero só te ter, quero te perder o juízo.

Ela nunca quis algo morno.
Se fosse pra ser, que fosse com entrega. Corpo, mente, voz, gemido, respiração.

— Me quer? — ele perguntou, como quem testa, mas deseja ouvir.

— Quero — ela respondeu com calma, firmeza e olhos famintos.

— Pra quê?

Ela se aproximou, colando o corpo devagar, como quem avisa com a pele antes de falar com a boca.

— Pra te perder o juízo… e me encontrar na tua pele.

Porque pra ela, não bastava ter alguém.
Ela queria o descontrole.
O momento em que o outro esquece o próprio nome, mas ainda lembra o gosto dela na boca.

Queria aquele ponto onde a razão silencia e só o instinto fala.
Ali, ela dominava.
Ali, ela existia por inteiro.

sábado, 12 de julho de 2025

Te quero gemendo promessas que nem vai lembrar depois.

 Te quero gemendo promessas que nem vai lembrar depois.

Ela não queria juras. Nem palavras bonitas ao pé do ouvido.
Queria o som bruto.
A entrega sem roteiro.
A voz falhada entre suspiros, gemidos e confissões que só o corpo entende.

— E o que você quer de mim? — ele perguntou, já sem tanto fôlego.

Ela não hesitou.

— Te quero gemendo promessas.

— Promessas?

Ela encostou os lábios bem perto dos dele. A respiração quente, o olhar firme.

— Daquelas que nem vai lembrar depois… só vai sentir.

Porque naquele momento, ela não queria futuro.
Queria agora.
Queria pele molhada, desejo cru, língua distraída dizendo coisas que o juízo nem autoriza.

E ele sabia:
depois daquilo, só restaria lembrar que existiu.
Porque promessas sussurradas entre gemidos…
são feitas pra não durar.
Só pra marcar.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Tem parte tua que eu quero de joelhos.

 Tem parte tua que eu quero de joelhos.

Ela não era de mandar.
Mas quando desejava, vinha com a força de quem sabe o próprio poder — e o lugar exato onde quer ver o outro ceder.

— Você quer me dominar? — ele perguntou, desafiando com um meio sorriso.

Ela se inclinou, encostou os lábios no ouvido dele como quem derrama um feitiço.

— Nem sempre.

— E quando quiser?

Ela mordeu de leve o lóbulo da orelha, e sussurrou com firmeza:

— Tem parte tua que eu quero de joelhos.

A respiração dele tremeu.
Porque ela não falava alto. Não exigia.
Ela sugeria.
E quando uma mulher sugere com esse olhar, não tem resistência que aguente.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Tenho vontade de te morder onde a tua respiração falha.

 Tenho vontade de te morder onde a tua respiração falha.

Ela o observava com fome contida.
Aquele tipo de desejo que não precisa de pressa, mas queima o tempo inteiro por dentro.

— Onde você me morderia? — ele perguntou, tentando soar brincalhão.

Ela o encarou sem sorrir.
— Onde tua respiração falha.

O silêncio veio denso, molhado de imaginação.

— Isso é um aviso?

Ela se aproximou, roçando os lábios no pescoço dele sem de fato tocar.

— É um desejo. Quase urgência.

E ele soube.
Sabia que o corpo dela vinha com sede e intenção.
Que aquela mordida seria marca — não só na pele, mas no pensamento.

E por mais que tentasse resistir, ali, no ponto exato onde a respiração falha…
ele já era dela.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Se eu encostar, tua calma vira caos.

 Se eu encostar, tua calma vira caos.

Era tensão no ar.
Ele falava baixo, evitava olhar demais.
Mas o corpo inteiro já respondia à presença dela.

— Você me provoca… — disse, entre o desconforto do autocontrole e o prazer do jogo.

Ela sorriu, a centímetros, sem pressa, sem pudor.

— Ainda nem encostei.

Ele engoliu seco.
— E se encostar?

Ela levou a mão até quase tocar o queixo dele. Parou antes. Bem antes.

— Tua calma vira caos.

Porque ela sabia provocar.
Sabia que o toque só funciona quando o desejo já foi alimentado até o limite.
E ali, entre o autocontrole dele e a intenção dela, havia um campo inteiro pronto pra incendiar.


terça-feira, 8 de julho de 2025

Tem toque meu que não se esquece nem lavando a alma.

 Tem toque meu que não se esquece nem lavando a alma.

Ele ainda lembrava.
Do cheiro dela, da curva exata do quadril, da forma como as mãos dela sabiam o caminho — como se ele fosse casa.

Mas o que mais doía era a lembrança do toque.
Aquele que vinha devagar, com a ponta dos dedos, e depois virava arrepio, falta de ar, perda de juízo.

— Você deixa marca? — ele perguntou da última vez, tentando soar leve.

Ela sorriu com um misto de desafio e certeza.

— Nem se lavar a alma, sai.

— Tudo isso?

Ela encostou a ponta dos dedos no peito dele e sussurrou:

— É que meu toque gruda… no corpo e na memória.

E ele sabia.
Sabia porque nunca conseguiu esquecer.
E, no fundo, nunca quis.


segunda-feira, 7 de julho de 2025

Tenho mais pecado nos olhos do que muito corpo nu por aí.

 Tenho mais pecado nos olhos do que muito corpo nu por aí.

Ela não precisava falar muito.
O olhar já dizia tudo.

Cada vez que ele se aproximava, sentia os olhos dela percorrerem seu corpo com a mesma intensidade de um toque. Mas era mais.
Era como se pecar começasse ali, no silêncio entre os olhares.

— Você sempre me olha assim? — ele perguntou, já suando desejo.

— Assim como?

— Como quem me despe com o olhar.

Ela chegou mais perto, os olhos ardendo sem pudor.

— Eu? Eu peco com os olhos… antes de pecar com as mãos.

Porque o corpo dela era quente. Mas o olhar?
O olhar era fogo disfarçado de convite.

E quem encarasse por tempo demais… já sabia que não escapava do resto.

domingo, 6 de julho de 2025

Tô cheia de coisas pra te dizer... mas todas envolvem tua boca ocupada.

 Tô cheia de coisas pra te dizer... mas todas envolvem tua boca ocupada.


Ela olhava pra ele como quem escreve cenas inteiras com o pensamento.

— Pensando em mim? — ele soltou, já conhecendo aquele olhar.

Ela mordeu o lábio e riu.
— Tô cheia de coisas pra te dizer…

— Então diz.

Ela chegou mais perto, quase tocando os lábios dele com os dela.

— Não dá.

— Por quê?

— Porque todas envolvem tua boca ocupada.

Ele não respondeu. Não conseguia.
O corpo já tinha entendido tudo.
Ela não falava por falar. Ela insinuava, prometia… e cumpria.

E ali, entre respiração presa e tensão pulsante, ele soube:
não era conversa.
Era pretexto.

E logo, a boca dele não estaria mais livre mesmo.

sábado, 5 de julho de 2025

Te faria perder o rumo com a boca e esquecer teu nome com a língua.

 Te faria perder o rumo com a boca e esquecer teu nome com a língua.

Não era sobre doçura.
Era sobre intensidade.
Sobre a boca que começa no beijo, mas termina em promessas que o corpo inteiro escuta.

— O que você faria comigo? — ele perguntou, desafiando, como quem queria a resposta e o ato.

Ela sorriu como quem guarda segredos entre os dentes.

— Te faria perder o rumo com a boca…

— E com a língua?

Ela chegou mais perto, o olhar mais quente que qualquer toque.

— Te faria esquecer teu nome.

Porque não era só sobre prazer.
Era sobre domínio.
Sobre deixar a marca onde ninguém mais vê — só sente.

E ela sabia:
algumas bocas não beijam.
Elas reescrevem a história do corpo.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Se tu soubesse o que eu faria com teus gemidos, não dormia em paz.

 Se tu soubesse o que eu faria com teus gemidos, não dormia em paz.

Ela sabia exatamente o que queria ouvir dele.
Não eram palavras doces.
Era o som bruto, cru, daquele momento em que o prazer escapa pela garganta e vira gemido.

— Em que você tá pensando? — ele perguntou, distraído, sem imaginar a resposta.

Ela se aproximou com o olhar certeiro e a intenção exposta.

— Nos teus gemidos.

Ele riu, mas não com leveza.
Era riso nervoso. De quem sentiu o corpo reagir.

— E o que tem eles?

Ela se aproximou mais. Encostou a respiração no pescoço dele, sem tocar com os lábios.

— Se tu soubesse o que eu faria com eles… não dormia em paz.

Porque ela não queria só ouvi-lo.
Queria provocar cada som, guardar cada ruído, fazer da voz dele uma trilha de prazer.

E, naquela noite, ele entendeu:
existem toques que se guardam.
Mas há sons… que ficam para sempre.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Entre o toque que demora e o olhar que promete, eu te enlouqueço.

 Entre o toque que demora e o olhar que promete, eu te enlouqueço.

Era um jogo de paciência.
Ou de tortura.
Ele já não sabia mais.

Cada vez que ela o olhava com aquela mistura de promessa e controle, ele sentia o corpo se contrair.
Mas o toque… ah, o toque nunca vinha logo.
Era adiado.
Retardado como um presente que se desembrulha com os dentes.

— Você faz isso de propósito? — ele perguntou, a voz embargada.

— O quê?

— Me olhar assim… e não tocar.

Ela riu baixo, como quem carrega o segredo da loucura.

— É que eu gosto de enlouquecer devagar.

E ele já estava no ponto.
Um passo dela, um sopro, e ele se desmanchava.

Mas ela ainda não tocou.
Porque ela sabia:
o olhar, às vezes, tem mais poder que o próprio toque.

Minha boca é carinho... mas também é incêndio.

  Minha boca é carinho... mas também é incêndio. Ela tem essa delicadeza que engana. Olhos doces, risada leve… e uma boca que beija como q...