Te provo com os olhos. E te devoro sem pedir.
Não é vulgar.
É visceral.
É o tipo de fome que não se disfarça.
Ela não precisa tocar pra provocar.
Sabe mirar com os olhos e arrancar suspiros de quem passa.
E quando resolve avançar…
Não pede, não avisa — simplesmente toma.
— Te provo com os olhos — sussurra perto do pescoço.
— E te devoro sem pedir.
Porque há algo na forma como ela se aproxima…
na calma dos gestos que escondem a urgência…
na sofisticação do desejo que queima sem gritar.
Ela não implora.
Não espera.
Ela sente e vai.
Com a precisão de quem conhece a própria fome e não nega o prazer de saciá-la.