Tenho vontade de te morder onde a tua respiração falha.
Ela o observava com fome contida.
Aquele tipo de desejo que não precisa de pressa, mas queima o tempo inteiro por dentro.
— Onde você me morderia? — ele perguntou, tentando soar brincalhão.
Ela o encarou sem sorrir.
— Onde tua respiração falha.
O silêncio veio denso, molhado de imaginação.
— Isso é um aviso?
Ela se aproximou, roçando os lábios no pescoço dele sem de fato tocar.
— É um desejo. Quase urgência.
E ele soube.
Sabia que o corpo dela vinha com sede e intenção.
Que aquela mordida seria marca — não só na pele, mas no pensamento.
E por mais que tentasse resistir, ali, no ponto exato onde a respiração falha…
ele já era dela.
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