Te quero gemendo promessas que nem vai lembrar depois.
Ela não queria juras. Nem palavras bonitas ao pé do ouvido.
Queria o som bruto.
A entrega sem roteiro.
A voz falhada entre suspiros, gemidos e confissões que só o corpo entende.
— E o que você quer de mim? — ele perguntou, já sem tanto fôlego.
Ela não hesitou.
— Te quero gemendo promessas.
— Promessas?
Ela encostou os lábios bem perto dos dele. A respiração quente, o olhar firme.
— Daquelas que nem vai lembrar depois… só vai sentir.
Porque naquele momento, ela não queria futuro.
Queria agora.
Queria pele molhada, desejo cru, língua distraída dizendo coisas que o juízo nem autoriza.
E ele sabia:
depois daquilo, só restaria lembrar que existiu.
Porque promessas sussurradas entre gemidos…
são feitas pra não durar.
Só pra marcar.
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