sábado, 12 de julho de 2025

Te quero gemendo promessas que nem vai lembrar depois.

 Te quero gemendo promessas que nem vai lembrar depois.

Ela não queria juras. Nem palavras bonitas ao pé do ouvido.
Queria o som bruto.
A entrega sem roteiro.
A voz falhada entre suspiros, gemidos e confissões que só o corpo entende.

— E o que você quer de mim? — ele perguntou, já sem tanto fôlego.

Ela não hesitou.

— Te quero gemendo promessas.

— Promessas?

Ela encostou os lábios bem perto dos dele. A respiração quente, o olhar firme.

— Daquelas que nem vai lembrar depois… só vai sentir.

Porque naquele momento, ela não queria futuro.
Queria agora.
Queria pele molhada, desejo cru, língua distraída dizendo coisas que o juízo nem autoriza.

E ele sabia:
depois daquilo, só restaria lembrar que existiu.
Porque promessas sussurradas entre gemidos…
são feitas pra não durar.
Só pra marcar.

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