quinta-feira, 31 de julho de 2025

Te provo com os olhos. E te devoro sem pedir.

Te provo com os olhos. E te devoro sem pedir. 

Não é vulgar.

É visceral.
É o tipo de fome que não se disfarça.

Ela não precisa tocar pra provocar.
Sabe mirar com os olhos e arrancar suspiros de quem passa.
E quando resolve avançar…
Não pede, não avisa — simplesmente toma.

— Te provo com os olhos — sussurra perto do pescoço.
— E te devoro sem pedir.

Porque há algo na forma como ela se aproxima…
na calma dos gestos que escondem a urgência…
na sofisticação do desejo que queima sem gritar.

Ela não implora.
Não espera.
Ela sente e vai.
Com a precisão de quem conhece a própria fome  e não nega o prazer de saciá-la.

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