Meu corpo entende linguagens que tua boca ainda nem falou.
Ele não disse nada.
Mas o olhar…
Ah, o olhar dele dizia coisas que nem a língua ousava pronunciar.
Ela sorriu de leve, como quem já tinha sido tocada por dentro.
— O que você escuta quando eu te olho? — ele perguntou, voz baixa, olhos grudados nos dela.
— Nem precisa falar — ela respondeu, com a calma de quem já arde.
— Por quê?
Ela se aproximou, passando os dedos devagar sobre o peito dele, como quem decifra intenções no silêncio.
— Porque meu corpo entende linguagens que tua boca ainda nem falou.
E ele soube.
Ela já estava entregue.
Não por palavras, mas por códigos escritos na pele, sussurrados entre os poros.
Ela era corpo que ouve.
E ele… era voz que provoca sem som.
Nenhum comentário:
Postar um comentário