Não quero só te ter, quero te perder o juízo.
Ela nunca quis algo morno.
Se fosse pra ser, que fosse com entrega. Corpo, mente, voz, gemido, respiração.
— Me quer? — ele perguntou, como quem testa, mas deseja ouvir.
— Quero — ela respondeu com calma, firmeza e olhos famintos.
— Pra quê?
Ela se aproximou, colando o corpo devagar, como quem avisa com a pele antes de falar com a boca.
— Pra te perder o juízo… e me encontrar na tua pele.
Porque pra ela, não bastava ter alguém.
Ela queria o descontrole.
O momento em que o outro esquece o próprio nome, mas ainda lembra o gosto dela na boca.
Queria aquele ponto onde a razão silencia e só o instinto fala.
Ali, ela dominava.
Ali, ela existia por inteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário