Tenho mais pecado nos olhos do que muito corpo nu por aí.
Ela não precisava falar muito.
O olhar já dizia tudo.
Cada vez que ele se aproximava, sentia os olhos dela percorrerem seu corpo com a mesma intensidade de um toque. Mas era mais.
Era como se pecar começasse ali, no silêncio entre os olhares.
— Você sempre me olha assim? — ele perguntou, já suando desejo.
— Assim como?
— Como quem me despe com o olhar.
Ela chegou mais perto, os olhos ardendo sem pudor.
— Eu? Eu peco com os olhos… antes de pecar com as mãos.
Porque o corpo dela era quente. Mas o olhar?
O olhar era fogo disfarçado de convite.
E quem encarasse por tempo demais… já sabia que não escapava do resto.
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