terça-feira, 22 de julho de 2025

Não quero conversa bonita, quero tua boca decidida entre as minhas pernas.

 Não quero conversa bonita, quero tua boca decidida entre as minhas pernas.

Ela já tinha ouvido conversas demais.
Frases bonitas, intenções disfarçadas, rodeios que tentam parecer charme.
Mas o corpo dela não queria poesia naquele momento.
Queria urgência.

Ele chegou com aquele jeitinho cuidadoso, voz baixa, tentativa de flerte educado.

— Tá querendo falar comigo?

Ela olhou direto nos olhos dele, sem desviar, sem fingir pudor.

— Não.

— Então o que quer?

Ela chegou perto, colou a boca no ouvido dele, e falou com a calma de quem já decidiu:

— Tua boca.
Decidida.
Entre as minhas pernas.

Silêncio.
Respiração presa.
Ele não esperava. Mas agora era tarde.

Ela não queria conversa.
Ela queria gosto.
Queria língua, pressão, gemido abafado.
Queria ser lida ali, com saliva e respiração quente.

E naquele instante, ele soube:
não se brinca com quem tem sede declarada.


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