Tô com vontade de te deixar sem força... e com a marca dos meus dentes.
Ela não era delicada quando o desejo apertava.
Gostava do gosto de pele suada, de corpo entregue, de arrepio que vira gemido e força que vira súplica.
— O que você faria comigo agora? — ele perguntou, já meio ofegante, sentindo o ar pesar entre os dois.
Ela se aproximou como quem domina só com a presença, encostou a boca no ombro dele e sussurrou com os dentes quase tocando:
— Te deixaria sem força…
— Só isso?
Ela sorriu, puxando o ar entre os dentes.
— E com a marca dos meus dentes. Onde ninguém mais vê.
Porque ela queria gravar.
Não só na pele, mas na lembrança.
Queria vê-lo ceder.
Queria que ele sentisse saudade toda vez que o toque de outra não alcançasse o que ela queimou com os dentes.
E quando ele fechou os olhos…
Ela já tava ali, mordendo devagar, deixando mais do que dor:
deixando vício.
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