quarta-feira, 23 de julho de 2025

Tô com vontade de te deixar sem força... e com a marca dos meus dentes.

 Tô com vontade de te deixar sem força... e com a marca dos meus dentes.


Ela não era delicada quando o desejo apertava.

Gostava do gosto de pele suada, de corpo entregue, de arrepio que vira gemido e força que vira súplica.

— O que você faria comigo agora? — ele perguntou, já meio ofegante, sentindo o ar pesar entre os dois.

Ela se aproximou como quem domina só com a presença, encostou a boca no ombro dele e sussurrou com os dentes quase tocando:

— Te deixaria sem força…

— Só isso?

Ela sorriu, puxando o ar entre os dentes.

— E com a marca dos meus dentes. Onde ninguém mais vê.

Porque ela queria gravar.
Não só na pele, mas na lembrança.

Queria vê-lo ceder.
Queria que ele sentisse saudade toda vez que o toque de outra não alcançasse o que ela queimou com os dentes.

E quando ele fechou os olhos…
Ela já tava ali, mordendo devagar, deixando mais do que dor:
deixando vício.


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