Te quero gemendo baixo, sem saber se foge ou se implora por mais.
Não era sobre volume.
Era sobre o som preso na garganta.
Aquele gemido que escapa por entre os dentes, abafado pelo travesseiro ou pela mão.
Ela queria isso.
Queria ele vulnerável no escuro, com a pele acesa, o corpo pulsando e a mente sem saber se pedia trégua ou continuação.
— O que você quer de mim? — ele perguntou, tentando manter a pose.
Ela se aproximou, roçando a boca na curva do maxilar dele, como se já estivesse marcando território com a intenção.
— Te ouvir gemer.
— Só isso?
Ela riu, quente, sussurrando rente ao pescoço.
— Baixinho. Sem saber se foge… ou se me implora por mais.
Porque não era sobre pressa.
Era sobre levá-lo ao limite.
E depois… ultrapassar.
Ele não respondeu.
Mas o corpo dele já tinha escolhido:
ficar.
Gemendo.
Implorando.
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