Te deixaria sem ar… mas com vontade de repetir.
O olhar dele já vacilava.
Entre o medo de se perder e o desejo de ser dela sem restrições.
Ela se aproximou como quem conhece o próprio efeito.
A respiração dele acelerou antes mesmo do toque acontecer.
— E se eu não aguentar? — ele perguntou, entre sério e excitado.
Ela encostou os lábios na orelha dele e sussurrou com a calma de quem já venceu.
— Eu te deixo sem ar…
— Vai me matar?
Ela riu baixinho, com aquele veneno doce que escorre pela nuca.
— Não. Só deixar com vontade de repetir.
Porque ela não era o fim.
Era o vício.
O tipo de presença que arranca fôlego, deixa marca e volta no pensamento quando menos se espera.
E ele?
Já estava sem ar e querendo de novo.
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