segunda-feira, 30 de junho de 2025

Minha imaginação já despiu a tua intenção.

 Minha imaginação já despiu a tua intenção.

Havia algo no ar.
Naquele silêncio cheio de pensamentos impuros.
Ela o observava como quem já sabia tudo que ele queria fazer — e como queria que ela deixasse.

— Tá me olhando assim por quê? — ele perguntou, com a voz grave, tensa.

Ela deu um meio sorriso, sem pressa.

— Porque tua intenção já tá nua na minha cabeça.

Ele tentou controlar o sorriso, mas falhou.
Ela continuou, se aproximando devagar, como quem saboreia a antecipação.

— E a tua intenção? — ele quis saber.

Ela inclinou o rosto até quase tocar o dele.

— Já tá em cima da tua… faz tempo.

E naquela troca, nem o tempo, nem o espaço, nem o pudor existiam.
Só a tensão entre dois corpos…
E duas imaginações já completamente despidas.

Não te toco agora… só pra ver até onde tua imaginação vai.

 Não te toco agora… só pra ver até onde tua imaginação vai.

Ela estava ali. A um centímetro de distância.
Suficiente pra incendiar, insuficiente pra tocar.

Ele tentou se conter, mas o olhar já implorava.

— Vai me deixar assim? — ele perguntou, com a respiração presa na garganta.

Ela sorriu, firme, sem pressa.

— Agora? Não.

— Por quê?

Ela se inclinou, deixando os lábios quase encostarem no canto da boca dele. Mas parou.

— Quero ver até onde tua imaginação vai antes do meu toque.

E foi ali, no quase, que ele se perdeu.
No espaço entre o desejo e o gesto.
Porque às vezes, ela sabia, provocar era mais cruel — e delicioso — do que tocar.

E ele…
Ele estava pronto para implorar.

domingo, 29 de junho de 2025

Se meu olhar já te tirou o fôlego, imagina meu corpo inteiro.

 Se meu olhar já te tirou o fôlego, imagina meu corpo inteiro.

Ele mal conseguia desviar o olhar.
Não era só beleza. Era presença.
O jeito como ela o encarava não deixava espaço pra dúvida: aquela mulher sabia exatamente o que estava fazendo.
E estava fazendo com os olhos.

— Você me olha assim por quê? — ele arriscou, o corpo já traindo a tentativa de manter o controle.

Ela mordeu o canto da boca, os olhos fixos nos dele, firme, entregue e no comando.

— Porque gosto de provocar com os olhos.

Ele respirou fundo. Já era quase demais.

— E se eu não aguentar?

Ela deu um passo. Só um. O suficiente para o calor entre os corpos se tornar insuportável.

— Imagina quando for com o corpo inteiro…

Ele imaginou.
E perdeu o fôlego de vez.

sábado, 28 de junho de 2025

Te quero tão perto que até o silêncio vire gemido.

 Te quero tão perto que até o silêncio vire gemido.

Existem desejos que fazem barulho mesmo quando o corpo está quieto.
Ela não gritava. Não pedia. Não suplicava.
Mas tudo nela chamava — no olhar, no gesto, no respirar mais lento.

Ele se aproximou, sem saber o que dizer.
A tensão entre eles era um fio esticado, prestes a arrebentar.
— O que você quer de mim? — ele perguntou, a voz baixa, como quem já sabia a resposta.

Ela não recuou. Pelo contrário.
Deu um passo à frente, encostou o nariz no dele, sem pressa.

— Que teu silêncio encoste no meu.

— Só isso?

Ela sorriu com malícia.

— Até ele virar gemido.

E naquele instante, qualquer palavra virou excesso.
Tudo o que restava era respiração e toque.
Desejo em volume baixo… até explodir.



sexta-feira, 27 de junho de 2025

Quando tua boca atrasar, minha vontade já vai estar nua.

 Quando tua boca atrasar, minha vontade já vai estar nua.

Ela gostava do jogo.
Dos olhares longos.
Das palavras que criavam tensão.
Mas havia dias em que a vontade vinha crua. Sem paciência.
Dias em que bastava um passo, um gesto mais demorado… e o corpo já se despia por dentro.

— Vai devagar… — ele pediu, tentando manter o controle.

Ela se aproximou, a respiração quente no pescoço dele.

— Tua boca pode ir lenta… — sussurrou.

— E tua vontade?

Ela riu de leve, encostando os lábios bem perto do lóbulo da orelha dele.

— Já vai estar nua. Esperando. Impaciente.

A cada palavra, o tempo apertava.
E quando enfim se tocaram, perceberam que já estavam despidos muito antes do primeiro beijo.


quinta-feira, 26 de junho de 2025

Te sentir é minha forma favorita de perder o juízo.

 Te sentir é minha forma favorita de perder o juízo.

Ela não era do tipo que perdia o controle à toa.
Sabia o que queria. Sabia onde tocar.
Mas quando o desejo era ele…
Ah, aí o juízo virava detalhe.

— Você me enlouquece — ele confessou, ofegante entre um toque e outro.

Ela chegou mais perto, os olhos acesos, a pele em chamas.

— Então sente.

— Sentir o quê?

Ela sorriu, arrastando as palavras como se fossem dedos.

— O que me tira o juízo… é exatamente o que quero que te toque.

Era pele contra pele, olhar contra olhar, vontade contra sanidade.
E naquele instante, eles já não sabiam quem provocava quem.
Só sabiam que estavam se perdendo no melhor lugar possível:
um no corpo do outro.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Quando minha vontade encontra a tua… o mundo lá fora desaparece.

 Quando minha vontade encontra a tua… o mundo lá fora desaparece.

Era como se o mundo parasse cada vez que os olhares se encontravam.

Não existia trânsito, notificação, barulho ou tempo.
Só aquele silêncio que grita.
Aquele instante suspenso em que a vontade de um esbarra — faminta — na vontade do outro.

— A gente se perde fácil, né? — ele disse, rindo entre dentes.

Ela não hesitou.

— Não.
— Não?
— A gente se acha… no desejo.

Era isso.
Não era fuga. Era encontro.
Era o mundo deles começando bem ali, entre um suspiro e uma aproximação.
E cada vez que o toque acontecia, o resto desaparecia.

Porque quando a vontade dela encontrava a dele, o tempo perdia a razão.
E os corpos sabiam exatamente o que fazer.


terça-feira, 24 de junho de 2025

Eles compartilhavam o mesmo desejo…

 


Eles compartilhavam o mesmo desejo…


Aquele que faz o peito queimar antes do primeiro toque, que faz a pele estremecer ao mero roçar de um dedo.

Eles compartilhavam o silêncio que diz tudo, o espaço compartilhado, a respiração pesada, o coração tentando encontrar o compasso junto ao do outro.


Não era preciso dizer nada.

Eles já estavam sintonizados, como dois mundos que, depois de tanto se buscarem, enfim se colidem.

Eles compartilhavam o próprio instinto, o chamado da pele, o desejo de se perder nas mãos um do outro, de provar cada centímetro daquela geografia de prazer.


Eles compartilhavam o que não se consegue forjar.

A urgência genuína de se fundir, de se dar, de receber.

Eles compartilhavam o próprio fogo.

E ele só se revela pelo corpo, pelo modo como ele se aproxima, como ele respira junto, como ele responde ao próprio coração.


Eles compartilhavam o desejo de serem um…

De desaparecer nas mãos, na pele, no peito um do outro.

Eles compartilhavam o que ninguém consegue dizer, porque o que arde na pele não precisa de palavras. Apenas de presença.

Te olho como quem já te escolheu com todos os sentidos.

Te olho como quem já te escolheu com todos os sentidos.

O olhar dela não era distraído.

Tinha fome.
Fome de presença, de pele, de entrega.

Ele sentiu.
Porque havia algo no jeito como ela o fitava que queimava devagar, feito promessa.

— Por que esse olhar? — ele perguntou, tentando soar casual, mas já envolvido.

Ela se aproximou sem pressa, com aquele jeito de quem diz tudo sem precisar de voz.

— Porque já te escolhi…

— Escolheu o quê?

Ela sorriu, os olhos cravados nos dele.

— Tudo. Teu cheiro, tua pele, tua boca.

Ele engoliu em seco, como quem percebe tarde demais que já foi seduzido — sem um único toque, sem nenhuma pressa.

Ela o havia escolhido com o corpo, com a memória, com a intenção.

E agora, ele sabia:
era só questão de tempo até o resto acontecer.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Te gosto com urgência, mas te imagino com calma.

 Te gosto com urgência, mas te imagino com calma.


Ela era o tipo de mulher que causava pressa.

Pressa no toque, na boca, na respiração.

Mas ele…

Ele era o tipo que queria sentir tudo.

Devagar. Inteiro.


— Te quero agora — ele disse, entre a ansiedade e a fome.

— Com pressa? — ela sorriu, sabendo o efeito que causava.

— Te gosto com urgência… mas te imagino com calma.


Era isso que a enlouquecia.

O contraste entre o desejo bruto e a vontade de eternizar cada segundo.

Porque havia nele uma mistura rara: o tesão impaciente de quem deseja e a delicadeza de quem sabe aproveitar.

E quando os corpos finalmente se encontrassem, ela sabia:

a urgência viraria arte,

e a calma…

um vício.

Meu corpo tem memória… e você virou lembrança tatuada.

 Meu corpo tem memória… e você virou lembrança tatuada.


Tem toques que o tempo não apaga.

Perfumes que ainda habitam travesseiros.

Sussurros que ecoam mesmo no silêncio.


— Ainda pensa em mim? — ele perguntou, num tom quase provocativo.

Ela não respondeu de imediato. Só o olhou com aquele sorriso que misturava saudade e poder.

Depois se aproximou.

Baixou a voz.

E deixou o arrepio vir antes das palavras.


— Meu corpo tem memória…

— E? — ele insistiu, com a respiração já falhando.


— Você virou lembrança tatuada.

Cada arrepio que sinto é como se você ainda estivesse aqui.

Cada vez que me toco, teu nome volta, mesmo que em silêncio.


Alguns corpos, mesmo longe, continuam dentro da gente.


E ele…

Ela nunca esqueceu.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Já te despia com os olhos… agora falta o resto.

 Já te despia com os olhos… agora falta o resto.

O olhar dele atravessava qualquer disfarce.

Ela sabia. E gostava disso.

Sabia também que antes mesmo de qualquer toque, ele já a imaginava nua. Não só o corpo — mas os pensamentos, os segredos, as intenções.


— Te olho e já te imagino meu — ele murmurou, com aquele tom que queimava mais que o próprio toque.

— Já me despiu? — ela provocou, sem tirar os olhos dos dele.

— Com os olhos… agora falta o resto.


Havia algo naquele silêncio entre eles que dizia mais do que mil palavras.

A tensão, o calor, o desejo contido, tudo ali, dançando no espaço entre suas bocas.

Ela sorriu, sabendo que ele não só a despia com os olhos — ele a devorava com a imaginação.


E isso… era só o começo.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Com uma só mordida, vou marcar pra sempre o teu desejo.

 Com uma só mordida, vou marcar pra sempre o teu desejo.


Eles compartilhavam um pacto silencioso.

Com uma só mordida ele seria marcado pra sempre, como se o próprio desejo ficasse gravado na pele.

— Uma mordida pra provar que é pra sempre — disse ela, tentando conter o próprio tremor.

— Pra sempre… na pele — ele respondeu, quase como um pedido.

— E nas lembranças.

Eles se aproximaram, compartilhando o calor, a urgência e a promessa de que a pele seria o próprio pergaminho daquela história.

Com uma mordida, ele ficou marcado.

Com um sussurro, ela ficou pra sempre na memória dele.

Eles sabiam que nada seria como antes.

Eles estavam, de forma irrevogável, um no desejo do outro.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Meu corpo fala a língua que a tua pele quer ouvir.

 Meu corpo fala a língua que a tua pele quer ouvir.

Eles compartilhavam um idioma próprio.

Não era preciso dizer muito; o próprio corpo falava.

Cada centímetro de pele compartilhava um desejo, um pedido, um segredo.

— Que idioma você fala? — ele sussurrou, tentando encontrar nas palavras o caminho para o que compartilhavam em silêncio.

— Apenas o da pele… — ela disse, quase como um gemido contido.

— Então fala pra mim.

— Apenas se você souber escutar.

Eles se aproximaram, pele a pele, compartilhando mensagens que ninguém mais seria capaz de decifrar.

Eles falavam a mesma língua — a do desejo — e nela estavam gravadas as histórias que queriam escrever juntos.

domingo, 15 de junho de 2025

Te beijo com os olhos antes de qualquer aproximação.

 Te beijo com os olhos antes de qualquer aproximação.

O olhar dela pousou sobre ele como quem toca, como quem marca.
Havia fome, desejo e uma delicadeza calculada naquele jogo silencioso.
Ele sentiu o corpo responder antes mesmo de qualquer palavra ser dita.
— Tá me olhando assim por quê? — arriscou.
Ela deu um meio sorriso.
— Porque já te beijei… com os olhos.
Ele riu, surpreso, afetado.
— E com a boca?
— Ainda tô saboreando a ideia.
A tensão era doce, mas afiada.
Ele sabia que, se desse um passo, talvez não voltasse.
Ela, por outro lado, já estava ali — inteira — mesmo sem ter se aproximado.
O beijo, naquele instante, era só uma promessa de pele… feita com os olhos.


sábado, 14 de junho de 2025

Sussurra meu nome do jeito que tua boca me imagina.

 Sussurra meu nome do jeito que tua boca me imagina.

— Sussurra meu nome. — ela pediu, com os olhos fixos nos lábios dele.

Ele chegou mais perto, deixou a voz quase sumir.
— Assim?
Ela mordeu o lábio, negando com um gesto sutil.
— Não… do jeito que tua boca me imagina.
Era mais do que uma provocação. Era um convite sem retorno.
Ela queria ouvir sua própria vontade na boca dele. Sentir o som do desejo como se fosse toque.
E ele entendeu.
Disse o nome dela devagar, entre um suspiro e outro, carregando cada letra com intenção.
Ela fechou os olhos. E naquele instante, o som se fez carne.
Não precisavam mais de toque. Já estavam despidos pela voz.


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Tua mão ainda não me tocou, mas tua vontade já me percorreu inteira.

 Tua mão ainda não me tocou, mas tua vontade já me percorreu inteira.

Ela estava ali, tão perto e ainda intocada. Mas bastava o olhar dele — aquele olhar carregado de intenção — para a pele dela responder.
Um arrepio aqui. Um calor ali. O corpo entendia antes mesmo do toque.
— Nem te encostei ainda… — ele disse, num meio sorriso.
Ela inclinou a cabeça, os olhos semi-cerrados, sentindo a tensão se desenhar entre eles.
— E mesmo assim já senti tudo o que tua vontade faria comigo.
Ele se aproximou, mas não apressou.
Ela respirou fundo, sentindo a presença dele deslizar como se fossem mãos invisíveis percorrendo sua pele.
Era isso que mais excitava: o desejo em suspenso.
A expectativa crua.
A certeza do toque que viria — e que, quando viesse, seria explosão.


quinta-feira, 12 de junho de 2025

Entre o toque e a palavra 12 de junho

 


Entre o toque e a palavra

Nem todo toque precisa de mãos.

Nem todo desejo começa no corpo.

Às vezes, é no silêncio entre duas frases, no olhar que se demora meio segundo a mais, na respiração que falha quando a presença do outro invade tudo.

Era isso que acontecia entre eles.

Não era só beijo. Era prece.

Não era só pele. Era premonição.

Como se seus corpos já soubessem o caminho mesmo antes do toque.

Ele não a tocava de imediato. Observava.

Como quem decifra um poema com os olhos.

Como quem escuta antes de tocar a melodia.

Ela fechava os olhos, mas sentia.

A energia dele roçava nela sem encostar.

Era calor que começava devagar, no centro do peito, e escorria em forma de suspiro entre os seios, por dentro das coxas, até o ventre pulsar por algo que ainda não tinha nome — só urgência.


— Você sente isso também? — ela sussurrou, quando ele se aproximou o suficiente para ouvir sem palavras.


Ele não respondeu.

Apenas encostou a testa na dela, e naquele gesto, tudo foi dito.

Era dia dos namorados.

Mas ali não cabia clichê, nem presente embrulhado com laço.

O que existia entre eles era entrega. Era carne viva.

Era o tipo de amor que arde — e cura ao mesmo tempo.

Porque tem toque que começa antes do toque.

Tem desejo que reconhece o seu nome na pele do outro.

E tem pessoas que são descanso, mesmo quando deixam a gente em chamas.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Me imagina no escuro, mas não esquece da minha voz.

 Me imagina no escuro, mas não esquece da minha voz.

— Fecha os olhos… — ela disse, em tom baixo, rouco.

Ele obedeceu, sentindo a tensão crescer. No escuro, os sentidos ganham outra intensidade. A pele escuta, o corpo responde antes da mente.

— Quero que me imagine no escuro — ela continuou, deixando as palavras escorrerem como um toque úmido no pescoço dele. — Mas não esquece da minha voz.

Silêncio.

E então ela sussurrou.

Não foi apenas o nome dele. Foi uma promessa. Um convite. Um arrepio que começou ali e se espalhou inteiro, só com o som.

— Te guio sem pressa — disse. — Um som de cada vez. Um comando, uma vontade, um gemido... até tua imaginação não saber mais o que é verdade ou desejo.

Ele engoliu seco. Ainda de olhos fechados. Porque no escuro, ela era ainda mais perigosa.

E deliciosa.


segunda-feira, 9 de junho de 2025

Tua voz tem o tom exato do meu arrepio.

 Tua voz tem o tom exato do meu arrepio.

Existem toques que não precisam de pele.
A voz dele era um desses.

Vinha baixa, densa, como um sussurro que atravessa a espinha e acorda todos os sentidos. Ela escutava e sentia — o som ganhava corpo, descia pelo pescoço, encontrava o espaço entre os seios e pulsava bem ali, onde o desejo começava a tomar forma.

— Você sente isso quando falo? — ele perguntou, rindo.

Ela não respondeu de imediato. Esperou que ele dissesse mais alguma coisa. Qualquer coisa.

Quando ele falou outra vez, ela fechou os olhos. E sentiu.
Como um arrepio que conhecia o caminho.

— Depende do tom — ela disse por fim, abrindo os olhos devagar. — E o teu… arrepia até minha alma.

Ele não sabia, mas naquela noite ela não precisava de toque.
Só da voz dele. Em tom de pecado.


domingo, 8 de junho de 2025

Gemo antes no pensamento. Depois… você descobre.

 Gemo antes no pensamento. Depois… você descobre.

Ela olhou para ele com aquele ar distraído. Ou fingia. Porque, por dentro, a cena já tinha começado.

As mãos dele eram mais lentas. A respiração, mais densa. E os olhos? Ah, os olhos... desciam pela pele dela como quem decora cada curva.

Ele nem imaginava.

— No que você tá pensando? — ele perguntou, sorrindo.

Ela sorriu de volta, com uma pontinha de malícia no canto da boca.

— Melhor você não saber…

— Por quê?

Ela se inclinou, o olhar cravado no dele.

— Porque eu já gemi. Na minha cabeça.

Ele prendeu a respiração. Estava prestes a perguntar o que vinha depois, mas ela chegou mais perto, roçando o lábio no lóbulo da orelha dele.

— E o depois… você descobre com a boca, com as mãos, com o que mais quiser usar.

Deixou o resto no ar. Porque provocar era só o começo.


sábado, 7 de junho de 2025

Te imagino me tocando com a ponta dos olhos.

 Te imagino me tocando com a ponta dos olhos.

Não era preciso toque.
Bastava o olhar dele passeando pelo corpo dela como quem deslizava os dedos devagar por cada curva.

Ela sentia o arrepio chegar antes mesmo de ele se aproximar.

— Você nem encostou… — disse, num sussurro entre o riso e a provocação.

— Mas você sentiu, não sentiu?

Era isso. Ela sempre sentia.

Os olhos dele tinham o dom de despi-la em silêncio, de acariciar com intenção, de fazer o corpo dela se lembrar de como era ser desejado só com um olhar mais demorado.

Teve vontade de devolver. De fazer o mesmo.

Mas preferiu deixar ele pensar que tinha o controle.
Por ora.

Porque, mais tarde, ela o faria sentir na pele o que era ser tocado… com palavras, gestos, e sim, com a ponta dos olhos também.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Me deseja em silêncio… mas sonha alto comigo.

 Me deseja em silêncio… mas sonha alto comigo.

Ele nunca disse.
Mas ela sabia.
Sabia pelos olhares que duravam mais que o necessário, pelo jeito como ele segurava o celular antes de responder, como se pensasse duas vezes antes de digitar o que realmente queria.

Ela não cobrava palavras.
Estava acostumada a decifrar silêncios.

Sabia que existia desejo guardado atrás daquela calma toda.
Um fogo contido que se disfarçava de educação, mas que queimava só de encostar os olhos.

— Você nunca disse nada — ela comentou, entre um gole de vinho e um sorriso leve.

Ele a olhou demoradamente, como quem quase confessa.

— E você nunca ouviu meus pensamentos.

Ela sorriu de novo. Agora, diferente.
Porque já tinha imaginado o que ele sonhava.
E, em cada sonho, ela também estava lá.
Com menos roupa.
Com mais intenção.

Porque ele a desejava em silêncio…
Mas sonhava com ela alto demais pra esconder por muito tempo.


quinta-feira, 5 de junho de 2025

Te beijo nos pensamentos… mas minha boca já decorou teu nome.

 Te beijo nos pensamentos… mas minha boca já decorou teu nome.

— Você pensa em mim? — ele perguntou, como quem já sabia a resposta.

Ela não precisou fingir surpresa.
Poderia dizer que não, que era só distração.
Mas não era.
Ela pensava. Muito.

Pensava nas mensagens.
Nas palavras trocadas com cheiro de provocação.
Nos silêncios que diziam mais do que qualquer frase.

E, nos pensamentos mais distraídos, ela o beijava.
Beijos que nasciam entre páginas lidas, cafés mornos e suspiros soltos no travesseiro.
Beijos que só existiam ali — intensos, quentes, silenciosos.

— Penso tanto… que minha boca quase diz teu nome sem querer.

Porque era mais forte que ela.
O nome dele se instalava no paladar feito desejo.
E cada sílaba lembrava toque, lembrava pele, lembrava o gosto que ainda não tinha, mas que já sentia.

Pensamento é território perigoso.
E ela já havia cruzado a linha.
Agora, só faltava ele atravessar também.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Vem com calma… Mas me bagunça inteira.

 Vem com calma… Mas me bagunça inteira.

Ele se aproximou com um toque leve, como quem pede permissão com os olhos.

— Quer que eu vá devagar?

Ela mordeu o lábio, sentindo o arrepio que já anunciava o estrago.

— Só se for pra me deixar sem direção no fim.

Porque ela não queria pressa.
Queria intensidade.

Aquela calma traiçoeira que vem disfarçada de carinho, mas carrega o caos por dentro.
Aquela maneira de tocar como quem estuda cada reação, cada suspiro, cada tremor.

Ela gostava do caminho percorrido com intenção.
Dos dedos que exploram antes de dominar.
Da boca que promete e cumpre, com gosto.

Ele não precisava acelerar.
Bastava que, ao fim de tudo, ela se sentisse deliciosamente perdida.
Bagunçada em cada centímetro, com os pensamentos desfeitos e a pele marcada de desejo.

Porque algumas bagunças não se consertam.
E ela adorava essas.

terça-feira, 3 de junho de 2025

Te provoco, mas é só pra ver até onde você vai.

 

Te provoco, mas é só pra ver até onde você vai.

Ela sempre soubera como brincar com as palavras e com os gestos, como lançar uma provocação e ver como ele reagiria. Estavam ali, um ao alcance do outro, mas com aquela tensão que parecia não encontrar fim.

Ela sabia o que estava fazendo. A provocação era a chave para despertar a curiosidade dele, mas o real jogo estava em entender até onde ele iria, até onde ele se permitiria. Ela queria saber mais do que ele estava disposto a revelar, mais do que ele estava disposto a entregar.

— Te provoquei... mas é só pra ver até onde você vai. — Ela disse, a voz suave, mas cheia de um desafio implícito.

Ele sorriu, os olhos fixos nos dela, tentando decifrar aquele enigma que ela era. Ele estava começando a entender a dinâmica entre eles, mas queria mais. Queria sentir o limite que ela queria testá-lo a alcançar.

— Eu nunca paro no meio do caminho. — Ele respondeu, com um tom que poderia ser arrogante se não fosse tão seguro.

Ela se aproximou um pouco mais, deixando o espaço entre eles desaparecer. Ela o olhou com uma intensidade que fazia o ar ao redor deles se tornar mais espesso.

— Vamos ver. — Ela disse, e ele soubera naquele instante que o jogo dela estava só começando. Ela o desafiava, mas ele sabia que ela queria mais do que respostas. Queria uma reação, algo que fosse além do óbvio, algo que só ele poderia oferecer.

domingo, 1 de junho de 2025

Meu corpo entende teu nome como convite.

 

Meu corpo entende teu nome como convite.

Era só ele dizer.

Duas sílabas. Às vezes uma só.
O nome dela na voz dele tinha sabor de toque e cheiro de intenção.

— Te ouvi dizer meu nome...

Ela sussurrou, sem conseguir disfarçar o arrepio.

— E meu corpo respondeu antes da mente entender.

Porque não era racional.
Era instinto.
Era desejo dançando sob a pele, reconhecendo aquela voz como quem reconhece um lugar seguro — e perigosamente excitante.

Ela não precisava mais de promessas.
O convite já estava implícito.
Entre os dedos dele, entre os olhares, entre a respiração que vacilava quando o nome dela escapava com vontade.

Seu corpo entendia.
E esperava.
Sempre pronto pra aceitar o chamado — mesmo que fosse só sussurrado entre os lençóis da memória.

Minha boca é carinho... mas também é incêndio.

  Minha boca é carinho... mas também é incêndio. Ela tem essa delicadeza que engana. Olhos doces, risada leve… e uma boca que beija como q...