quarta-feira, 25 de junho de 2025

Quando minha vontade encontra a tua… o mundo lá fora desaparece.

 Quando minha vontade encontra a tua… o mundo lá fora desaparece.

Era como se o mundo parasse cada vez que os olhares se encontravam.

Não existia trânsito, notificação, barulho ou tempo.
Só aquele silêncio que grita.
Aquele instante suspenso em que a vontade de um esbarra — faminta — na vontade do outro.

— A gente se perde fácil, né? — ele disse, rindo entre dentes.

Ela não hesitou.

— Não.
— Não?
— A gente se acha… no desejo.

Era isso.
Não era fuga. Era encontro.
Era o mundo deles começando bem ali, entre um suspiro e uma aproximação.
E cada vez que o toque acontecia, o resto desaparecia.

Porque quando a vontade dela encontrava a dele, o tempo perdia a razão.
E os corpos sabiam exatamente o que fazer.


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