Quando minha vontade encontra a tua… o mundo lá fora desaparece.
Era como se o mundo parasse cada vez que os olhares se encontravam.
Não existia trânsito, notificação, barulho ou tempo.
Só aquele silêncio que grita.
Aquele instante suspenso em que a vontade de um esbarra — faminta — na vontade do outro.
— A gente se perde fácil, né? — ele disse, rindo entre dentes.
Ela não hesitou.
— Não.
— Não?
— A gente se acha… no desejo.
Era isso.
Não era fuga. Era encontro.
Era o mundo deles começando bem ali, entre um suspiro e uma aproximação.
E cada vez que o toque acontecia, o resto desaparecia.
Porque quando a vontade dela encontrava a dele, o tempo perdia a razão.
E os corpos sabiam exatamente o que fazer.
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