Meu corpo tem memória… e você virou lembrança tatuada.
Tem toques que o tempo não apaga.
Perfumes que ainda habitam travesseiros.
Sussurros que ecoam mesmo no silêncio.
— Ainda pensa em mim? — ele perguntou, num tom quase provocativo.
Ela não respondeu de imediato. Só o olhou com aquele sorriso que misturava saudade e poder.
Depois se aproximou.
Baixou a voz.
E deixou o arrepio vir antes das palavras.
— Meu corpo tem memória…
— E? — ele insistiu, com a respiração já falhando.
— Você virou lembrança tatuada.
Cada arrepio que sinto é como se você ainda estivesse aqui.
Cada vez que me toco, teu nome volta, mesmo que em silêncio.
Alguns corpos, mesmo longe, continuam dentro da gente.
E ele…
Ela nunca esqueceu.
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