Quando tua boca atrasar, minha vontade já vai estar nua.
Ela gostava do jogo.
Dos olhares longos.
Das palavras que criavam tensão.
Mas havia dias em que a vontade vinha crua. Sem paciência.
Dias em que bastava um passo, um gesto mais demorado… e o corpo já se despia por dentro.
— Vai devagar… — ele pediu, tentando manter o controle.
Ela se aproximou, a respiração quente no pescoço dele.
— Tua boca pode ir lenta… — sussurrou.
— E tua vontade?
Ela riu de leve, encostando os lábios bem perto do lóbulo da orelha dele.
— Já vai estar nua. Esperando. Impaciente.
A cada palavra, o tempo apertava.
E quando enfim se tocaram, perceberam que já estavam despidos muito antes do primeiro beijo.
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