Eles compartilhavam o mesmo desejo…
Aquele que faz o peito queimar antes do primeiro toque, que faz a pele estremecer ao mero roçar de um dedo.
Eles compartilhavam o silêncio que diz tudo, o espaço compartilhado, a respiração pesada, o coração tentando encontrar o compasso junto ao do outro.
Não era preciso dizer nada.
Eles já estavam sintonizados, como dois mundos que, depois de tanto se buscarem, enfim se colidem.
Eles compartilhavam o próprio instinto, o chamado da pele, o desejo de se perder nas mãos um do outro, de provar cada centímetro daquela geografia de prazer.
Eles compartilhavam o que não se consegue forjar.
A urgência genuína de se fundir, de se dar, de receber.
Eles compartilhavam o próprio fogo.
E ele só se revela pelo corpo, pelo modo como ele se aproxima, como ele respira junto, como ele responde ao próprio coração.
Eles compartilhavam o desejo de serem um…
De desaparecer nas mãos, na pele, no peito um do outro.
Eles compartilhavam o que ninguém consegue dizer, porque o que arde na pele não precisa de palavras. Apenas de presença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário