quarta-feira, 4 de junho de 2025

Vem com calma… Mas me bagunça inteira.

 Vem com calma… Mas me bagunça inteira.

Ele se aproximou com um toque leve, como quem pede permissão com os olhos.

— Quer que eu vá devagar?

Ela mordeu o lábio, sentindo o arrepio que já anunciava o estrago.

— Só se for pra me deixar sem direção no fim.

Porque ela não queria pressa.
Queria intensidade.

Aquela calma traiçoeira que vem disfarçada de carinho, mas carrega o caos por dentro.
Aquela maneira de tocar como quem estuda cada reação, cada suspiro, cada tremor.

Ela gostava do caminho percorrido com intenção.
Dos dedos que exploram antes de dominar.
Da boca que promete e cumpre, com gosto.

Ele não precisava acelerar.
Bastava que, ao fim de tudo, ela se sentisse deliciosamente perdida.
Bagunçada em cada centímetro, com os pensamentos desfeitos e a pele marcada de desejo.

Porque algumas bagunças não se consertam.
E ela adorava essas.

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