Tua mão ainda não me tocou, mas tua vontade já me percorreu inteira.
Ela estava ali, tão perto e ainda intocada. Mas bastava o olhar dele — aquele olhar carregado de intenção — para a pele dela responder.
Um arrepio aqui. Um calor ali. O corpo entendia antes mesmo do toque.
— Nem te encostei ainda… — ele disse, num meio sorriso.
Ela inclinou a cabeça, os olhos semi-cerrados, sentindo a tensão se desenhar entre eles.
— E mesmo assim já senti tudo o que tua vontade faria comigo.
Ele se aproximou, mas não apressou.
Ela respirou fundo, sentindo a presença dele deslizar como se fossem mãos invisíveis percorrendo sua pele.
Era isso que mais excitava: o desejo em suspenso.
A expectativa crua.
A certeza do toque que viria — e que, quando viesse, seria explosão.
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