sexta-feira, 13 de junho de 2025

Tua mão ainda não me tocou, mas tua vontade já me percorreu inteira.

 Tua mão ainda não me tocou, mas tua vontade já me percorreu inteira.

Ela estava ali, tão perto e ainda intocada. Mas bastava o olhar dele — aquele olhar carregado de intenção — para a pele dela responder.
Um arrepio aqui. Um calor ali. O corpo entendia antes mesmo do toque.
— Nem te encostei ainda… — ele disse, num meio sorriso.
Ela inclinou a cabeça, os olhos semi-cerrados, sentindo a tensão se desenhar entre eles.
— E mesmo assim já senti tudo o que tua vontade faria comigo.
Ele se aproximou, mas não apressou.
Ela respirou fundo, sentindo a presença dele deslizar como se fossem mãos invisíveis percorrendo sua pele.
Era isso que mais excitava: o desejo em suspenso.
A expectativa crua.
A certeza do toque que viria — e que, quando viesse, seria explosão.


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