Me imagina no escuro, mas não esquece da minha voz.
— Fecha os olhos… — ela disse, em tom baixo, rouco.
Ele obedeceu, sentindo a tensão crescer. No escuro, os sentidos ganham outra intensidade. A pele escuta, o corpo responde antes da mente.
— Quero que me imagine no escuro — ela continuou, deixando as palavras escorrerem como um toque úmido no pescoço dele. — Mas não esquece da minha voz.
Silêncio.
E então ela sussurrou.
Não foi apenas o nome dele. Foi uma promessa. Um convite. Um arrepio que começou ali e se espalhou inteiro, só com o som.
— Te guio sem pressa — disse. — Um som de cada vez. Um comando, uma vontade, um gemido... até tua imaginação não saber mais o que é verdade ou desejo.
Ele engoliu seco. Ainda de olhos fechados. Porque no escuro, ela era ainda mais perigosa.
E deliciosa.
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