quarta-feira, 7 de maio de 2025

Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.

 Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.


Ela não dizia nada. Passava firme, como se ele não fizesse falta, como se o mundo seguisse inteiro sem sua presença.


Mas por dentro... ah, por dentro ela escrevia conversas, revivia toques, sentia o perfume imaginário que o pensamento insistia em deixar.


— Você parece tão distante às vezes...


Ela sorriu, meio triste, meio entregue:


— Te penso no plural, mesmo quando finjo indiferença.


Porque havia dele em tudo. E mesmo quando o evitava, era pra não se entregar demais.


terça-feira, 6 de maio de 2025

Tua atenção é o toque que minha pele sente de longe.

 Tua atenção é o toque que minha pele sente de longe.

Ela nem precisou encostar. Bastou a intensidade do olhar, a pausa no meio da frase, a respiração que mudou de ritmo.

Ele a observava como quem toca com os olhos, e ela sentia, sentia de verdade.


— Nem encostou e eu já senti arrepio...


Ela respondeu com um meio sorriso, desses que dizem tudo:


— Tua atenção é o toque que minha pele sente de longe.


E naquele instante, entre uma troca de olhares e silêncios cheios de significado, os dois sabiam: estavam muito mais próximos do que imaginavam.


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Já te beijei com mil pensamentos.

 Ela não precisava de presença física pra sentir. Bastava um nome, uma lembrança, uma frase trocada despretensiosamente.

Ele não sabia, mas já era dele em tantos mundos silenciosos.

— Você pensa em mim assim… desse jeito?

Ela mordeu o lábio, como quem saboreia o que ainda não disse. Como quem já viveu aquela cena repetidas vezes, sem testemunhas.

— Já te beijei com mil pensamentos.

Beijos que começaram em sonhos distraídos, passaram por diálogos secretos e terminaram no fundo da garganta, abafados pelo orgulho de não dizer.

Mas estavam lá. Todos. E cada um deixava nela uma vontade: a de finalmente transformar pensamento em pele.

domingo, 4 de maio de 2025

Me levo a sério, mas brinco com a sua imaginação.

Ela escrevia com elegância, mas suas palavras dançavam na fronteira do desejo. Não era sobre ser óbvia. Era sobre provocar sem perder a classe.

— Você é cheia de mistério, hein...

Ela o encarou, como quem já sabia a próxima linha da história.

— Me levo a sério, mas brinco com a sua imaginação.

E ele entendeu: o que ela insinuava com o olhar, ninguém mais ousava dizer. Era uma brincadeira com gosto de vício. E ele já estava jogando, mesmo sem perceber.

sábado, 3 de maio de 2025

Tem desejo que começa no bom dia.

 

Ela não precisava dizer muito. Bastava um “bom dia” com aquele tom, aquele cuidado, aquela intenção sutil escondida atrás das palavras.

Ele lia e sentia. Como se entre o “bom” e o “dia” houvesse um espaço aberto pra tudo o que poderia acontecer.

— Só um “bom dia” e você já ficou assim?

Ela sorriu, mansa, provocante.

— Tem desejo que começa no bom dia.

E ele percebeu que não era sobre a hora. Era sobre a vontade de permanecer no resto do dia... dentro da imaginação dela.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Toco com palavras, mas sei usar as mãos também.


Ele lia cada frase como quem decifra um feitiço. Sentia o arrepio antes mesmo de chegar ao ponto final.

Ela escrevia com intenção. Tocava com as entrelinhas, com verbos no imperativo e silêncios sugestivos. Mas havia mais ali. Muito mais.

— Você provoca tanto só com o que escreve…

Ela se inclinou devagar, o olhar firme, a voz quase um sussurro:

— Toco com palavras, mas sei usar as mãos também.

E naquele instante, ele desejou virar página. Não para terminar... mas pra sentir o que vinha depois.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Se fosse só charme, passava… mas é desejo mesmo.


Ele achava que era só charme. Um jeito dela brincar, de provocar sem compromisso. Mas o olhar dela... o olhar dizia outra coisa.

Ela se aproximou com calma, como quem mede cada passo, mas deixa o rastro de propósito.

— Tá se exibindo pra mim?

Ela sorriu, lenta, segura. E respondeu como quem não precisa de permissão pra incendiar.

— Se fosse só charme, passava… mas é desejo mesmo.

E naquele momento, ele entendeu: o que arde entre eles não é encenação. É vontade. E desejo, quando é de verdade, não se finge.

Minha boca é carinho... mas também é incêndio.

  Minha boca é carinho... mas também é incêndio. Ela tem essa delicadeza que engana. Olhos doces, risada leve… e uma boca que beija como q...