Tua língua é incêndio, tua boca é vício, e eu me perco feliz nesse fogo.
Ela sentia o calor antes mesmo do toque.
O olhar dele já era brasa.
Quando a língua deslizou, não havia mais escapatória.
— Vai queimar? — ela sussurrou, entre medo e provocação.
— Vai me consumir inteira — ele respondeu, com a boca tão próxima que o ar já era labareda.
A cada beijo, a cada mordida, ela perdia um pouco mais de si, mas não se importava.
Era vício. Era chama. Era o prazer de ser tomada por um incêndio que não queria apagar.
— E se eu não aguentar? — ela gemeu.
— Então arda comigo — ele disse, e a devorou como quem não sabe amar sem destruir.