Quero ser devorada sem pressa, mas com a fúria de quem sabe que o amanhã pode não chegar.
Ela sabia que o amanhã é incerto.
Sempre é.
Por isso, não queria carícias tímidas nem beijos economizados.
Queria ser devorada.
Com calma no tempo, mas com fúria na intensidade.
Queria sentir que ele entendia a urgência que queimava nela: o agora é tudo o que temos.
Não pedia promessas.
Não queria juras.
Só queria que ele a tomasse inteira, com a pressa lenta e violenta de quem entende que o desejo não espera.
E quando os olhos dele incendiaram os dela, ela soube:
estava prestes a ser consumida, pedaço por pedaço, até não sobrar nada além de prazer.
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