Quero tua boca me rasgando inteira, até eu esquecer que um dia fui silêncio.
Não era beijo doce, nem gesto delicado.
Era a fome crua, a boca dele descendo sobre ela como faca que corta pele, como veneno que queima veias.
— Você aguenta? — ele perguntou, a voz carregada de provocação.
— Só se for para me destruir de prazer — ela devolveu, entre um gemido e outro.
A língua dele explorava cada espaço, cada dobra, sem pressa e sem piedade. Ela tremia, não de medo, mas de prazer que arrastava tudo consigo, como uma onda violenta.
— Mais — ela pediu, sem vergonha, sem freio.
— Vai implorar? — ele sorriu contra a pele dela.
— Já estou implorando com o corpo inteiro — ela gemeu, arqueando-se.
Naquele instante, o silêncio que sempre carregara dentro de si morreu. E o que nasceu foi um grito, um gozo, um desespero transformado em prazer.