Quero tua boca me destruindo, até o prazer doer e a dor virar gozo.
Ela não queria beijos leves. Queria ser devorada. Queria sentir o gosto do abismo na boca dele.
— Vai me devorar? — ela provocou, puxando-o para perto.
— Até não sobrar nada além do teu grito — ele respondeu, antes de mergulhar na pele dela como quem crava os dentes na própria fome.
A língua dele era faca e cura. O ritmo, violência e bênção. O prazer vinha rasgando, doendo, até se tornar impossível de separar da dor.
— Mais forte… — ela gemeu, já sem máscara.
E ele foi, como se cada gemido fosse ordem, como se cada arrepio fosse um altar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário