quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Teu corpo é terreno proibido, mas minhas mãos nunca souberam respeitar fronteiras.

 Teu corpo é terreno proibido, mas minhas mãos nunca souberam respeitar fronteiras.

Ela sabia que havia perigo em se entregar, mas também sabia que nunca resistiria.
Os limites estavam traçados, só que ele nunca foi homem de respeitar linhas.

— Vai me atravessar? — ela perguntou, num fio de voz, como quem já implora pela invasão.
— Até não sobrar muro entre nós — ele respondeu, e sua boca foi estilhaço contra a dela.

Mãos firmes, sem hesitar.
O corpo dela cedia, rendido, feito território que não queria defesa.
E quanto mais ele avançava, mais ela entendia: algumas guerras se vencem justamente quando se perde a razão.

— E se eu não suportar? — ela arriscou, arfando.
— Então vai ser lindo te ver ruir — ele disse, enquanto erguia dela apenas ruínas ardentes.

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